Ao chegar a La Serena, fui levado até o escritório do ESO. Lá descobri que o ônibus que transporta os funcionários para o observatório já havia partido. Um funcionário do ESO, que se comunicou comigo em inglês o tempo todo — e que, confesso, compreendi com dificuldade — me levou até a rodoviária e me colocou em um ônibus comum.
Na época, eu só falava português e um inglês bastante limitado, daquele tipo "Me Tarzan, You Jane". No ônibus, estavam comigo um rapaz, uma senhora e seu filho. Pelo que me lembro, o rapaz havia acabado de ser contratado para trabalhar em La Silla. A senhora e a criança eram parentes de um funcionário do observatório.
Quase não conversei com a senhora, mas falei com o rapaz que estudava em uma universidade pública e que não pagava nada por isso. Ele ficou surpreso, já que no Chile o ensino superior é pago. Eu também me surpreendi ao ver, em La Serena, uma senhora regando um jardim público com água que vinha da própria casa.
Após cerca de duas horas de viagem, o ônibus parou no meio do deserto. Ficamos os quatro à beira da estrada, que era bem conservada, por cerca de quinze minutos. Então, surgiu uma van branca do ESO — com um ar-condicionado simplesmente maravilhoso. A van nos levou até o observatório.
Acho que nunca senti uma emoção maior do que ao ver, pela primeira vez, a montanha de La Silla. Abaixo, uma foto que tirei durante essa curta, mas inesquecível, viagem:
Nenhum comentário:
Postar um comentário