Peculiar nome de um loteamento em Amargosa (BA).
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
17P/Holmes - Uma Semana de Observações
sábado, 26 de julho de 2014
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014)
Manifesto meu pesar pela morte do astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014). Mourão foi um divulgador científico muito importante para gerações de entusiastas da astronomia como eu. Devo muito a ele. Minha primeira observação do céu com um telescópio foi realizada no Museu de Astronomia (MAST). A visão do planeta Vênus através da luneta 21cm do MAST nunca mais saiu de minha mente. Neste mesmo estabelecimento, montei meu primeiro telescópio. O MAST foi fundado por Mourão com o objetivo de preservar a memória da astronomia e ciências afins desenvolvidas pelo Observatório Nacional.
sábado, 12 de julho de 2014
NGC-4755 ("Caixa de Jóias")
Imagem CCD LRGB do aglomerado aberto NGC-4755, popularmente conhecido como "Caixa de Joias". Registro obtido com um telescópio de 0.35m f/11 instalado em La Dehesa, região metropolitana de Santiago (Chile).
sexta-feira, 11 de julho de 2014
C/2012 X1 (LINEAR) - Registro
Imagem CCD LRGB do cometa C/2012 X1 obtida através de um telescópio de 0.35m f/11, instalado em La Dehesa, região metropolitana de Santiago (Chile).
Minha análise das cores deste cometa foram publicadas em Betzler et al (2017).
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Nebulosa de Eta Carinae
domingo, 6 de julho de 2014
C/2013 UQ4 (Catalina) - Movimento Orbital
Sequência de imagens BGR do cometa C/2013 UQ4 (Catalina). A sequência foi obtida aproximadamente às 5h de 05-07-2014 UT, com um telescópio de 0.35m f/11 do Observatório Teide, nas Ilhas Canárias (Espanha). Cada imagem tem tempo de exposição de 60s, e foram alinhadas com o software astrometrica.
Minha análise das cores deste cometa foram publicadas em Betzler et al (2017).
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Ceres e Vesta
quinta-feira, 3 de julho de 2014
17P/Holmes - Registro
Imagem CCD LRGB do cometa 17P/Holmes obtido com um telescópio de 0,35m f/11, instalado no Observatório Teide (Ilhas Canárias, Espanha). Este objeto apresentou um outburst em 2007 e a expansão de sua coma tornou-o momentaneamente maior que o Sol.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
O astrônomo leu "No Reino dos Astrônomos Cegos"
Há duas semanas, terminei de ler o livro "No Reino dos Astrônomos Cegos" de Ulisses Capozzoli (Ed. Record, 2005). Considerei um excelente livro destacando alguns aspectos que me chamaram a atenção: i) Nos capítulos 1 ao 9, o autor faz uma excelente apresentação da história da radioastronomia, abordando a correlação da evolução instrumental e conceitual que permitiu caracterizar as fontes detectadas no céu. Para tal, o autor apresenta esta evolução associada essencialmente às pesquisas realizadas no Reino Unido (e Austrália) e EUA. Não estou questionando a escolha desta linha do tempo. Esta sequência é a mais fartamente documentada, e é inegável que pesquisadores destes países tiveram um papel decisivo na evolução da radioastronomia. Suas descobertas mudaram nossa visão do cosmos. Entretanto, esperava encontrar alguns trechos sobre a história da radioastronomia na URSS e no Japão. O desenvolvimento desta ciência nestes dois países é pouco conhecido até por profissionais da área. Sobre a URSS, se encontram apenas algumas poucas passagens. Uma contribuição é a menção a um satélite científico soviético, que foi lançado para estudar a anisotropia na radiação de fundo cósmico alguns anos antes do COBE. A URSS não teria um programa espacial tão significativo sem uma rede de radiotelescópios para comunicação interplanetária. Estes instrumentos eram de uso dual. Em relação ao Japão, só comenta que um survey da Via Láctea, na banda do gás monóxido de carbono, frustrou um projeto equivalente que seria realizado por pesquisadores do IAG. ii) O autor se esforça para explicar conceitos físicos que não são triviais, como a emissão de 21 cm do hidrogênio. Não há erros, mas percebi que o Sr. Capazzoli se deteve muito, talvez de forma desnecessária, na descrição da geração desta radiação (seis páginas usando enfoques ligeiramente diferentes). iii) Uma brilhante descrição da evolução da radioastronomia brasileira é feita nos capítulos 10 ao 16.
Como bom contador de histórias, o autor descreve de maneira fluida e atraente como a radioastronomia brasileira nasceu a partir de um grupo de entusiastas, no final do anos da década de 1950, atingindo seu ápice cerca de 10-15 anos depois. Esta descrição é feita a partir de entrevistas com os protagonistas, o que pode representar uma visão mais fidedigna dos fatos.
O livro se encerra de maneira igualmente interessante sugerindo as origens dos altos e baixos da radioastronomia em nosso país.
Recomendo a leitura para quem quer entender a razão de ser tão difícil fazer ciência de qualidade e competitiva no Brasil.
O livro se encerra de maneira igualmente interessante sugerindo as origens dos altos e baixos da radioastronomia em nosso país.
Recomendo a leitura para quem quer entender a razão de ser tão difícil fazer ciência de qualidade e competitiva no Brasil.
domingo, 15 de junho de 2014
O primeiro meteoro detectado em Amargosa
Primeiro meteoro esporádico detectado por uma câmera de TV all sky, instalada no loteamento Santo Antônio, em Amargosa (Bahia, Brasil). Este dispositivo passava por uma fase de testes e estava instalado no quintal de minha casa. O meteoro surgiu na constelação do Órion, tendo cruzado seu cinturão ("Três Marias"). O registro foi efetuado em 23:44:21 de 17-02-2014 UT. Esta câmera foi posteriormente instalada no teto do prédio administrativo do Centro de Formação de Professores da UFRB (CFP-UFRB).
domingo, 8 de junho de 2014
Aquecedores Solares em Amargosa
Imagem obtida em 07-06-2014 mostrando um conjunto de casas populares no bairro Katyara, em Amargosa (Bahia). Este conjunto foi construído no contexto do programa "Minha Casa, Minha Vida" do governo federal. O interessante desta imagem é a utilização de aquecedores solares nas casas. Os dispositivos destinam-se a aproveitar a energia solar para aquecer a água para o banho e, possivelmente, para o preparo de alimentos. Esta iniciativa colabora com a redução de consumo de energia elétrica e gás e, em uma escala menor, na diminuição da emissão de "gases do efeito estufa".
domingo, 18 de maio de 2014
Asteroides 315, 58.547 e 166.382: Um Encontro no Céu
Imagem CCD de 180s de exposição do asteroide 315 (Constantia). Este asteroide compartilhava o mesmo campo estelar com os objetos 58.547 (1997 FZ2) e 166.382 (2002 LA50), por efeito de perspectiva. A distância entre os asteroides era de dezenas de milhões de quilômetros na ocasião do registro. A ideia popularizada por filmes de ficção fantástica que os asteroides estão a poucas dezenas de metros entre si não é correta. A imagem foi obtida em 03-03-2014 UT, através do filtro R, usando o telescópio T21 da rede Itelescope no Novo México (EUA).
Diagrama gerado pelo programa "Astrometrica" mostrando os três objetos (círculos vermelhos). Os círculos verdes representam estrelas do catálogo USNO-B1. |
Aninação comparando as posições obtidas dos três asteroides no instante do registro. Diagramas orbitais gerados pelo "JPL Minor Planet Browser". A órbita mais externa é a do planeta Júpiter. |
sábado, 17 de maio de 2014
VJA8ACE = 2014 JO25
Soma de nove imagens CCD de 12s de exposição do NEO 2014 JO25 (círculo roxo) obtidas em 05-05-2014 UT, através do telescópio T11 da rede Itelescope, no Novo México (H06, EUA). Este objeto estava na lista de NEOs cuja órbita deveria ser refinada antes da obtenção da designação no padrão IAU. Colaborei com este objetivo, obtendo duas posições astrométricas nos filtros V e R. A magnitude R do objeto era 17,6 usando como referência o catálogo USNO-B1.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
A Importância da Astrometria
A astrometria é a parte da astronomia dedicada a determinação da posição dos astros no céu. Graças às medições posicionais da Lua e Sol feitas há algumas centenas ou milhares de anos antes de Cristo por sacerdotes na Babilônia surgiu um calendário que nos levou ao atualmente utilizado. Como o advento de sua teoria gravitacional, no começo do século XVIII, Newton foi capaz de justificar porque as órbitas de planetas são elipses, conforme sugerido por Kepler. Estas duas descobertas só se tornaram possíveis devido a realização de observações posicionais de planetas e cometas.
Nos dias de hoje, um número excepcional de asteroides e cometas são descobertos anualmente por iniciativas profissionais e amadoras. Se não forem realizadas observações astrométricas, as órbitas destes corpos ficam mal determinadas. Isto implica que estes objetos podem ser perdidos. Um bom exemplo é o cometa 289P/Blanpain que foi descoberto em 1819 e ficou perdido até 2013.
A astrometria pode ser feita com um mínimo de recursos instrumentais e computacionais. Com um telescópio da ordem de algumas dezenas de centímetros de abertura, dotado de uma câmera CCD, e um PC é possível montar um estação astrometrica que pode contribuir para a melhoria da determinação das órbitas de asteroides e cometas. Considero fundamental que mesmo em observações físicas destes corpos suas coordenadas sejam determinadas e enviadas ao Minor Planet Center (MPC). O programa Astrometrica de H. Raab facilita muito este trabalho.
Apresento alguns objetos que foram medidos por mim e meus alunos do curso de astrofísica observacional da UFRB, em 2013.2. Todas as imagens foram obtidas através do telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha).
NEO 1998 QE2 (círculo roxo) - Imagem no filtro R obtida em 29-05-2013 UT.
As estrelas envolvidas por círculos verdes pertencem ao
catálogo astrométrico USNO-B 1.0 e estão presentes no registro. As
estrelas dentro dos círculos amarelos foram rejeitadas no
processamento astrométrico. Imagem processada pelo
software Astrometrica. Posições medidas publicadas na MPEC 2014-J02. |
NEO 2003 GS - Filtro R - 25-04-2014 UT. Posições medidas publicadas na MPEC 2014-H46 |
NEO 2014 HV2 - 28-04-2014 UT - Soma das imagens obtidas nos filtros RGB. As imagens foram centradas no asteroide em movimento (não perfeitamente), justificando as múltiplas estrelas em linha. Posições medidas publicadas na MPEC 2014-H71 |
C/2012 K1 - Filtro B - 01-05-2014 UT |
NEO 2014 GY48 - Filtro R - 01-05-2014 UT. Posições medidas publicadas na MPEC 2014-JO7. |
sexta-feira, 11 de abril de 2014
O astrônomo assistiu: "Cosmos: A Spacetime Odyssey"
Há três semanas, acompanho os capítulos da nova versão da série "Cosmos". Sinceramente, estou tentando não comparar com a primeira versão de 1980, entretanto isso não é fácil. Definitivamente, Neil Tyson não tem o mesmo carisma de Carl Sagan. Sagan possuía uma consciência de câmera e um tom de voz no qual pude perceber um misto de amor e fascinação pela astronomia. Isso foi o que me "fisgou", e me tornei astrônomo por causa de "Cosmos". O que pude notar nas duas versões da série é a tendência em se idealizar cientistas. Fiquei abismado com a representação de Isaac Newton do episódio III. Newton tinha defeitos e qualidades, como qualquer ser humano. Definitivamente, ele não era a representação que vimos na excepcional animação apresentada. Apesar de ter sido genial e ter mudado a ciência, diversos autores atribuem a Newton o péssimo hábito de apropriar-se de descobertas de outros filósofos naturais, além de "persegui-los". Na animação, Newton era "perseguido" por Robert Hooke, cujo rosto não era mostrado. A justificativa para isso é que não existem representações da fisionomia de Hooke feitas em sua época. Entretanto, ao meu ver, sua representação física na animação lembrava a do personagem Gollum do "Senhor dos Anéis". Por mais que tenha havido intrigas entre Newton e Hooke, considerei esta representação de Hooke altamente desrespeitosa. Robert Hooke era um cientista excepcional, com contribuições importantes em diversos campos da ciência.
Confesso que fiquei emocionado em assistir a animação onde apareciam William e John Herschel no episódio IV. Tenho profunda admiração pelos dois. Entretanto, não creio que William tivesse uma concepção espaço-temporal tão sofisticada como a apresentada na conversa com seu filho, no início do séc. XIX. A primeira determinação de uma distância interestelar somente ocorreria em 1838, com a estrela 61 Cygni por F. W. Bessel. W. Herschel havia falecido 16 anos antes desta descoberta.
Apesar dessas observações, considero válida qualquer iniciativa voltada à divulgação da ciência e continuarei a assistir.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
C/2014 E2 (JACQUES) - Registro
Imagem CCD LRGB do cometa Jacques obtida no Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). O tom avermelhado apresentado pelo objeto pode sugerir que este objeto é "poeirento", ou seja sua razão poeira/gás pode pender mais para o primeiro constituinte. Uma determinação robusta do índice de cor B-V também sugere o avermelhamento do objeto.
domingo, 6 de abril de 2014
Evolução Morfológica dos cometas C/2012 K1 e C/2013 R1 - Animação
Animações das mudanças morfológicas dos cometas PANSTARRS e Lovejoy durante um mês de observações, entre 03-02 e 06-04-2014 UT, com uma cadência média de uma imagem a cada sete dias. As imagens foram obtidas no Observatório Slooh (Ilhas Canárias, Espanha) através dos telescópios "dome 1" (uma imagem para o C/2013 R1) e "dome 2". A variação na morfologia dos cometas pode ser atribuída a um ou mais dos fatores a seguir: i) Variação da distância heliocêntrica, ii) Variação da transparência atmosférica no instante das observações, iii) Variação do telescópio/detector/tempo de exposição, iv) Variação da sublimação de voláteis devido à atividade solar, v) Incremento súbito da atividade cometária (outburst) e vi) rotação do núcleo em torno de seu(s) eixo(s).
C/2013 R1 (Lovejoy) - Dez imagens obtidas entre 03-02 e 06-04-2014 UT |
C/2012 K1 (PANSTARRS) - Nove imagens obtidas entre 14-03 e 06-04-2014 UT. |
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Novas Scorpii e Cygni 2014
Imagens CCD LRGB das Novas Scorpii e Cygni obtidas no Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Ambos objetos foram descobertos em março de 2014, com câmeras DSLR e teleobjetivas. Estes instrumentos fotográficos são de baixíssimo custo e são frequentemente utilizados por amadores em descobertas de novas galácticas.
Imagem obtida com o telescópio "High Mag" do "Dome 2" (campo 13,1` x 8.8`) |
Campo estelar da Nova Cygnii 2014. Animação constituída por um imagem DSS2-RED e o registro Slooh. A imagem DSS foi obtida antes do aparecimento do objeto. Imagem alinhadas com o software IRIS. |
Nova Scorpii 2014 (seta).Imagem obtida com o telescópio "Wide Field" do "Dome 2"(campo 1,4 x 1,1 graus) |
quarta-feira, 26 de março de 2014
Um asteroide com anéis
Hoje foi divulgada a descoberta de um sistema de anéis ao redor do Centauro (10199) Chariklo. Esta descoberta foi realizada por um grupo de astrônomos liderados pelo brasileiro Felipe Braga-Ribas. O sistema é provavelmente constituído por dois anéis, com larguras de 7 e 3 km, separados por uma divisão de 9 km. A exemplo de Saturno, com sua famosa divisão de Cassini, especula-se que a divisão nos anéis de Charaklo seja causada pela força gravitacional de um ou mais satélites. Este(s) hipotético(s) objeto(s) pode(m) orbitar Chariklo na região da divisão. A(s) força(s) gravitacional(is) do(s) satélites(s) sobre os fragmentos do anel pode(m) fornecer energia suficiente para que estes últimos deixem a região da divisão. A origem dos anéis pode ser associada a processos colisionais. A descoberta dos anéis foi possível através da observação da ocultação de estrela UCAC4 248-108672 pelo objeto. Este fenômeno ocorreu em 03-06-2013 UT, sendo sua observação possível apenas em uma estreita faixa no sul da América do Sul. As observações envolveram observatórios profissionais e amadores no Brasil, Chile, Uruguai e Argentina. Este resultado somente foi possível por dois fatores: i) observações astrométricas prévias do objeto, que refinaram sua órbita, tornando possível a previsão da ocultação e ii) colaboração entre astrônomos profissionais e amadores, algo infelizmente raro em nosso pais, por preconceito de alguns de nossos profissionais e/ou pela falta de instrumentação adequada entre os amadores.
Parabéns ao grupo pela grande descoberta. Considero lastimável que a TV brasileira não tenha divulgado este resultado no dia de hoje.
Abaixo um vídeo do ESOCast sobre a descoberta, apresentado pelo Dr. J com seu peculiar inglês.
domingo, 23 de março de 2014
C/2013 R1 em Baixa Latitude Galáctica
O cometa C/2013 R1 (Lovejoy) está com uma pequena declinação sul e próximo ao plano da Via Láctea. No registro obtido em 23-03-2014 UT, através de um telescópio de grande campo (1,4 × 1,1 graus) do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha), é claramente visível uma variação da densidade de estrelas no fundo de céu. Esta variação é causada pela presença de poeira, que obstrui a radiação na faixa do visível na constelação do Escudo.
Posição do cometa (cruz). Diagrama gerado através do "The Night Sky Atlas". O campo é de 30 graus e a Via Láctea é representada pela mancha colorida amorfa. |
terça-feira, 18 de março de 2014
C/2012 K1 (PANSTARRS)
Imagens CCD LRGB do cometa PANSTARRS obtidas através do telescópio "dome 2" do observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). I. Ferrin, pesquisador que previu a fragmentação do cometa ISON, sugeriu que há 27% de probabilidade que o mesmo ocorra com este objeto. Minhas observações não mostraram evidências da ocorrência desse evento.
sábado, 15 de março de 2014
Novas Sagittarii e Cephei 2014
Imagens CCD LRGB das Novas Sagittarri e Cephei 2014 obtidas com o telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Os objetos foram descobertos, respectivamente, em 28,857/01 e 8.792/03 UT deste ano, com teleobjetivas. Estas novas são do tipo clássica.
Nova Cephei apresenta um grande avermelhamento o que justifica a diferença de cores entre os objetos.
Nova Cephei 2014 (seta). A magnitude V no registro era próxima de 11,5. |
Nova Sagittarri 2014 (seta). A magnitude V no registro era próxima de 10,3. |
sexta-feira, 14 de março de 2014
Novo Cometa Descoberto por Brasileiros: C/2014 E2 (JACQUES)
O projeto SONEAR descobriu seu segundo cometa no ano de 2014. A órbita preliminar do C/2014 E2 (JACQUES) é parabólica, dado o pequeno número de observações. Assim como o cometa SONEAR, este objeto estava no hemisfério celeste sul, numa região do céu inacessível aos grandes surveys como LINEAR ou PAN-STARRS. Congratulações a C. Jacques, E. Pimentel e J. Barros por mais um grande resultado.
Imagem do cometa Jacques obtida por Ernesto Guido, Nick Howes e Martino
Nicolini. Fonte: Remanzacco Observatory
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quarta-feira, 5 de março de 2014
290P/Jager - Registro
Imagem CCD LRGB do cometa 290P/Jager obtida com o telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). O objeto apresentava magnitude total V=15,40±0,06 e cor V-R bem próxima da solar.
terça-feira, 4 de março de 2014
C/2013 R1 (Lovejoy) - Novo Registro
Imagem CCD LRGB do cometa Lovejoy obtida através do telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Na ocasião do registro, a magnitude total estimada do objeto era próxima de 8.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
V745 Sco
Imagens CCD LRGB da nova recorrente V745 Sco obtidas através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh da Ilhas Canárias (Espanha). A erupção deste objeto foi detectada em 07-02-2014 UT. Uma nova recorrente pode ser associada a um sistema constituído de uma anã branca e uma gigante vermelha. Neste sistema, ocorre transferência de matéria da gigante vermelha para a anã branca. Quando a massa da anã branca se iguala ao limite de Chandrasekhar (~1.4 massas solares), a estrela apresenta uma explosão termonuclear que não a destrói. Após isso, o ciclo se reinicia. No caso de V745 Sco foram detectadas erupções em 1937 e 1989. As magnitudes V do objeto eram próximas de 10,5 (09-02) e 15,0 (23-02).
sábado, 8 de fevereiro de 2014
SN 2014G em NGC-3448
Imagem CCD LRGB da supernova tipo II-l que surgiu na galáxia NGC-3448. O registro foi obtido através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). A magnitude V do objeto foi 14,60±0,02 no instante do registro.
Animação mostrando a posição do objeto em NGC-3448. A primeira imagem foi obtida no DSS1. O alinhamento das imagens foi efetuado com o programa "IRIS". |
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Possível Registro de um Veterano da Corrida Espacial
Astrofotografia de uma possível passagem de um estágio do Thor Agena B (seta). Se a identificação estiver correta, isso implica que este objeto esta em órbita desde da primeira metade da década de 1960! O registro foi obtido em 22:03 de 03-02-2014 UT, em Amargosa (Bahia). A câmera utilizada foi uma Nikon D80, com 15 s de exposição e obturador f/5. A constelação do Cão Maior esta à esquerda da imagem.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Lua Vista de Amargosa
Lua crescente vista da Praça Lourival Monte, em Amargosa (Bahia). Imagem obtida com um Iphone 4S, em 21:10h de 03-02-2014 UT.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Supernova SN 2014J em M-82
Uma brilhante supernova tipo IA foi descoberta na galáxia M-82 em 21-01-2013 UT. Supernovas tipo IA são denominadas de "velas cósmicas" pois, se considera que todos os objetos desta classe possuem um mesmo brilho intrínseco (magnitude absoluta). Como a magnitude diminui com o inverso do quadrado da distância, a distância de SN 2014J até a Via Láctea pode ser estimada. Entretanto, estes objetos podem não serem todos iguais. Deste modo, a hipótese de "velas cósmicas" para todas as Ia pode ser incorreta. SN 2014J mostra sinais de não ter um comportamento usual de outras supernovas Ia. O registro da supernova (seta) foi obtido através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias. A magnitude do objeto era próxima de 11 no instante do registro.
domingo, 26 de janeiro de 2014
Minhas primeiras astrofotografias em Amargosa
Astrofotografias das regiões das constelações do Órion, Gêmeos e Câncer-Leão obtidas entre 01:43 à 01:52 de 26-01-2014 UT no loteamento Santo Antônio, em Amargosa (Bahia). Os registros foram efetuados com uma câmera Nikon D80, com 15s de exposição, e f/5. As imagens apresentadas foram obtidas em sequências de quatro, sendo posteriormente alinhadas e somadas com o uso do software "IRIS". A soma das quatro imagens visou dobrar o sinal/ruído (SNR), que é proporcional a raiz quadrada do número de imagens. O efeito deste processo foi passar a magnitude limite do céu de 7 para 9.
Região do Órion. M-42 esta perto do centro da imagem. Sirius está na parte superior. |
Região do Gêmeos. Júpiter é o objeto mais brilhante da imagem. |
Região do Câncer-Leão. M-44 está próximo ao centro da imagem. |
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Cometa descoberto por brasileiros no interior de Minas Gerais
Os astrônomos amadores Cristovao Jacques, Eduardo Pimentel e Joao Ribeiro de Barros descobriram um cometa de magnitude estimada em 18. O objeto foi identificado em imagens CCD obtidas em 12-01-2014 UT, com um astrógrafo de 0,45m f/2,9 instalado em Oliveira (Minas Gerais, Brasil). O instrumento foi concebido para a busca de Near Earth Objects (NEO, asteroides e cometas) no contexto do projeto Sonear (Southern Observatory for Near Earth Research). O grupo dedicou a descoberta ao brasileiro Vicente Ferreira de Assis Neto e o italiano Giovanni Sostero. Ambos são falecidos e dedicaram suas vidas a observação de corpos menores do sistema solar. Este blogista parabeniza o grupo pela descoberta e a pela iniciativa SONEAR. Considero este projeto de extrema importância, pois o hemisfério sul é carente de estações dedicadas a busca por NEOs. Este sucesso é um incentivo a multiplicação de iniciativas como esta no Brasil.
Imagem CCD do cometa C/2014 A4 (SONEAR). A imagem é resultante da soma de 25 imagens de 30s de exposição obtidas com o telescópio Faulkes Sul. Fonte: Remanzacco Observatory |
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Um satélite dando cambalhotas no céu
Registro do sobrevoo de um satélite desconhecido às 22 h 06 m de 12-12-2013 UT. O objeto estava provavelmente rodando simultaneamente em dois eixos, dando "cambalhotas" no céu. Isto justifica a variação de brilho do objeto com dois picos diferentes de magnitude. O período de rotação mais curto é de 0,34 s. O registro foi obtido por um câmera de grande campo angular instalada em Salvador (Bahia).
Registro da primeira série de "cambalhotas" (vermelho). Soma de 225 frames de 0,033s. Imagem gerada pelo software "UFOCapture". |
domingo, 5 de janeiro de 2014
Pequeno Asteróide colide com a Terra em 2014
Um objeto de 2 a 3m de diâmetro colidiu com a Terra 19 horas após sua descoberta nos primeiros instantes de 2014. O asteróide 2014 AA foi detectado pelo Catalina Sky Survey quando apresentava magnitude aparente 19. O objeto provavelmente explodiu na atmosfera a 3000 km oeste de Caracas (Venezuela), sobre o Oceano Atlântico.
Sequência com quatro imagens mostrado o meteoróide 2014 AA.
O intervalo entre as exposições é aproximadamente de nove minutos.
Fonte:Catalina Sky Survey/Wikipedia |
Posição do ponto de impacto baseado na triangulação de sinais infrassônicos captados por observatórios terrestres. Uma das estações esta localizada no Brasil, e pertence a Universidade de Brasília (IS04). Fonte: Wikipedia |
sábado, 4 de janeiro de 2014
O colonialismo cultural na ciência
Essa postagem parece um discurso de quem que se recusa a se adaptar ao status quo do mundo. Não concordo com muita coisa por ai, mas não...
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Imagens de um relógio solar no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida em Aparecida do Norte, estado de São Paulo. Este instrumen...
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Um grande meteoro foi visto aproximadamente às 23h de 20-04-2012 (02h de 21-04-2012 UT) nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo ...
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Imagens obtidas em 29-12-2012 do drone BQM- 1BR e seu propulsor turbojato "Tietê", quando expostos no antigo museu "Asas d...
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Imagens de um "canhão do meio-dia" e um "relógio solar" que pertenceram ao Imperador Dom Pedro II. Estes instrumentos ...
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Primeiro meteoro esporádico detectado pela câmera grande angular do Barbalho (Salvador, Bahia), no ano de 2013. O registro ocorreu em 05:22 ...