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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Big Bang


Edwin Hubble e a Câmera Schmidt do Observatório Palomar (EUA).

O modelo do big bang descreve o universo emergindo de um estado inicial muito denso e quente e entrando em rápida expansão. Não foi uma “explosão no espaço”, e sim a própria expansão do espaço.

Os primeiros segundos produziram partículas elementares e os núcleos mais leves (H, He e um pouco de Li). Com a expansão e o resfriamento, o gás formou as primeiras estrelas e galáxias.

Observacionalmente, Edwin Hubble mostrou que galáxias distantes têm sua luz deslocada para o vermelho. Esse deslocamento é, em cosmologia, majoritariamente cosmológico (expansão do espaço). Para distâncias pequenas r, pode ser aproximado por efeito Doppler.

A relação empírica local é a lei de Hubble:

V = H0 · r

com V em km/s, r em Mpc* e H0 na faixa ≈ 67–74 km/s/Mpc (há uma “tensão” entre métodos de medida). A escada de distâncias usa Cefeidas e supernovas Ia (padronizáveis) como marcos de distância. Magnitude absoluta é definida a 10 pc**.

A idade do universo, combinando radiação cósmica de fundo e dinâmica de expansão, é ≈ 13,8 ± 0,02 bilhões de anos.


* 1 Mpc ≈ 3,26 milhões de anos-luz.
** 10 pc ≈ 32,6 anos-luz.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

M-51

Imagem CCD com 20 segundos de exposição da galáxia M51, obtida em 1º de abril de 2007 (hora local, UT−3 h), em Salvador. O registro foi feito com um telescópio Meade LX200 GPS de 0,3 m de abertura, acoplado a uma CCD SBIG ST-7XME Deluxe e filtro Bessel R.



segunda-feira, 23 de junho de 2014

O astrônomo leu "No Reino dos Astrônomos Cegos"

Há duas semanas, terminei de ler o livro "No Reino dos Astrônomos Cegos" de Ulisses Capozzoli (Ed. Record, 2005). Considerei um excelente livro destacando alguns aspectos que me chamaram a atenção:

i) Nos capítulos 1 a 9, o autor faz uma excelente apresentação da história da radioastronomia, abordando a correlação entre a evolução instrumental e conceitual que permitiu caracterizar as fontes detectadas no céu. Para isso, o autor associa essa evolução essencialmente às pesquisas realizadas no Reino Unido (e na Austrália) e nos EUA. Não questiono a escolha dessa linha do tempo, que é a mais fartamente documentada, e é inegável que pesquisadores desses países tiveram um papel decisivo na evolução da radioastronomia. Suas descobertas mudaram nossa visão do cosmos. Entretanto, esperava encontrar alguns trechos sobre a história da radioastronomia na URSS e no Japão. O desenvolvimento desta ciência nesses dois países é pouco conhecido até por profissionais da área. No caso da URSS, há apenas algumas passagens, como a menção a um satélite científico soviético lançado para estudar a anisotropia na radiação de fundo cósmico, alguns anos antes do COBE. A URSS não teria um programa espacial tão significativo sem uma rede de radiotelescópios para comunicação interplanetária. Esses instrumentos tinham uso dual. Em relação ao Japão, o livro menciona apenas que um survey da Via Láctea, na banda do gás monóxido de carbono, frustrou um projeto equivalente que seria realizado por pesquisadores do IAG.

ii) O autor se esforça para explicar conceitos físicos que não são triviais, como a emissão de 21 cm do hidrogênio. Não há erros, mas percebi que o autor se deteve muito, talvez de forma desnecessária, na descrição da geração dessa radiação (seis páginas usando enfoques ligeiramente diferentes).

iii) Uma brilhante descrição da evolução da radioastronomia brasileira é feita nos capítulos 10 a 16. Como bom contador de histórias, o autor descreve de maneira fluida e atraente como a radioastronomia brasileira nasceu a partir de um grupo de entusiastas no final da década de 1950, atingindo seu ápice cerca de 10 a 15 anos depois. Essa descrição é feita a partir de entrevistas com os protagonistas, o que pode representar uma visão mais fidedigna dos fatos. O livro se encerra de maneira igualmente interessante, sugerindo as origens dos altos e baixos da radioastronomia em nosso país.

Recomendo a leitura para quem deseja entender a razão pela qual é tão difícil fazer ciência de qualidade e competitiva no Brasil.

Capa do livro - Galáxia NGC-5128, uma excepcional
radiofonte do hemisfério sul celeste.


sábado, 8 de fevereiro de 2014

SN 2014G em NGC-3448

Imagem CCD LRGB da supernova do tipo II-L que surgiu na galáxia NGC 3448. O registro foi obtido através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh, nas Ilhas Canárias (Espanha). A magnitude V do objeto foi de 14,60 ± 0,02 no momento do registro.


Animação mostrando a posição do objeto em NGC-3448. A primeira
imagem foi obtida no DSS1. O alinhamento das imagens foi efetuado com
o programa "IRIS".



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Supernova SN 2014J em M-82

Uma brilhante supernova tipo IA foi descoberta na galáxia M-82 em 21-01-2013 UT. Supernovas tipo IA são denominadas de "velas cósmicas" pois, se considera que todos os objetos desta classe possuem um mesmo brilho intrínseco (magnitude absoluta). Como a magnitude diminui com o inverso do quadrado da distância, a distância de SN 2014J até a Via Láctea pode ser estimada.  Entretanto, estes objetos podem não serem todos iguais. Deste modo, a hipótese de "velas cósmicas" para todas as Ia pode ser incorreta. SN 2014J mostra sinais de não ter um comportamento usual de outras supernovas Ia. O registro da supernova (seta) foi obtido através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias. A magnitude do objeto era próxima de 11 no instante do registro.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SN 2013HJ

Imagem CCD LRGB da supernova SN 2013HJ (seta) obtida através do telescópio "dome 2" do Observatório Slooh nas Ilhas Canárias (Espanha).  Esta supernova é do tipo II e possuia magnitude V próxima de 14,5 no instante do registro. O objeto é associado a galáxia MCG-2-24-3, que não é visível na imagem.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Supernova em M-74

Uma supernova tipo IIP foi descoberta em 25-07-2013 UT na galáxia espiral M-74. Obtive uma imagem do objeto (seta) através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). A magnitude V da supernova era próxima de 12.5 no instante do registro.



sábado, 22 de junho de 2013

NGC-5866

Imagem CCD LRGB da galáxia espiral (ou lenticular) NGC-5866. A imagem foi obtida através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha).



domingo, 19 de maio de 2013

PSN J13151481-1757556 = SN 2013 CS

Imagem CCD LRGB da supernova PSN J13151481-1757556 na galáxia ESO 576-017. Registro obtido através do telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha).




Imagem DSS e Slooh mostrando a posição da supernova.

domingo, 12 de maio de 2013

M-63

Imagem CCD LRGB da galáxia espiral M-63. O registro foi obtido com o telescópio "dome 2" do Observatório Slooh da Ilhas Canárias (Espanha).




domingo, 14 de abril de 2013

63P/Wild - Movimento próprio

Movimento próprio do cometa 63P no céu durante três horas de observação (indicado pelas setas), em 07 de abril de 2013 UT. A imagem é uma superposição de doze imagens CCD RGB, cada uma com 20 segundos de exposição. As observações foram realizadas com o telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh, localizado nas Ilhas Canárias, na Espanha. A galáxia espiral situada no canto inferior direito da imagem é a UGC-5165. A magnitude V do cometa no momento da captura da primeira sequência RGB (seta inferior na imagem) era 14,36 ± 0,01.



sábado, 21 de abril de 2012

LBV em NGC-5775

Uma LBV foi descoberta em 27-03-2012 UT pelo CRTS. Esta estrela foi detectada na galáxia espiral NGC-5775. Obtive uma imagem CCD deste galáxia em 21-04-2012 UT no Observatório Slooh nas Ilhas Canárias (Espanha).

Imagem Original

Zoom da imagem anterior com uma seta indicativa da posição da LBV.
A magnitude da estrela é da ordem  de 18.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Supernova 2012AW

Imagem da supernova 2012AW associada a galáxia M-95. Este objeto foi descoberto em 17-03-2012 UT por três observadores europeus. Espectros obtidos indicam que se trata de uma supernova do tipo II, tendo sido descoberta alguns dias após o colapso do núcleo. A magnitude visual do objeto era ~13 no instante da obtenção desta imagem. Esta imagem foi através do telescópio "Dome 1" do Slooh nas Ilhas Canárias (Espanha).

Imagem original

Imagem antes do evento. Campo de 15`x15`. Fonte: DSS.


Imagem obtida no Slooh. O alinhamento das imagens foi obtido com o software IRIS. Note
que algumas estrelas se deslocaram entre as imagens. A razão pode ser atribuída ao movimento
próprio destes objetos no céu.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Algumas Imagens de 1995

No ano de 1995, realizei duas missões de observação no LNA. Nessas ocasiões, utilizei o telescópio Boller & Chivens de 0,6 m f/13,5, pertencente à USP. Ao final de uma das noites de observação, obtive imagens CCD com tempo de exposição de 300 segundos, utilizando um filtro quasi-Johnson-Cousins R, do aglomerado globular Palomar 15 (1) e da galáxia espiral barrada NGC 1672 (2). Na época, eu ainda não dominava o uso do SAOimage, por isso imprimi as imagens e depois as fotografei com minha câmera Zenit 12XS.

(1)

(2)

Minha Vivência com o Colonialismo Cultural na Ciência

  Esta postagem tem um caráter de reflexão e registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, enviei uma...