quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
Mass Distributions of Meteorites
sábado, 26 de maio de 2018
Meteoro da Bahia de 21-02-2018 UT
Esta análise é baseada em dados públicos disponibilizados pela NASA no site Fireballs, mantido pelo CNEOS, com informações obtidas por sensores embarcados em satélites em órbita da Terra.
Às 01:28:03 UTC do dia 21 de fevereiro de 2018, um grande meteoro explodiu a uma altitude de 31,5 km, sobre o Oceano Atlântico, a aproximadamente 160 km de Salvador (Bahia). O objeto se deslocava a 13,1 km/s, praticamente ao longo da linha zênite-nadir.
No momento da explosão, o meteoro liberou cerca de 0,22 kilotoneladas (kton) de energia, o equivalente a 1,5% da energia liberada pela bomba atômica de Hiroshima. No entanto, diferentemente de uma explosão nuclear, não houve emissão de raios X, raios gama ou partículas, como nêutrons.
Com base nessa energia, estima-se que o meteoroide tinha cerca de 11 toneladas, aproximadamente mil vezes menos massivo que o meteoro de Cheliabinsk, ocorrido na Rússia em 2013. Segundo análise da desaceleração do bólido, feita pela rede BRAMON com base em registros de câmeras de segurança instaladas em Salvador, o objeto apresentava natureza rochosa.
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Empilhadeira de contêineres Hyster H250H. Este equipamento é comum em portos, como o de Salvador, e possui uma massa equivalente a do meteoroide visto em nossa cidade. O círculo representa o diâmetro estimado do objeto, suposto esférico. |
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Posição da explosão segundo dados NASA CNEOS. |
domingo, 15 de junho de 2014
O Primeiro Meteoro Detectado em Amargosa
Primeiro meteoro esporádico detectado por uma câmera de TV de grande campo instalada no loteamento Santo Antônio, em Amargosa (Bahia, Brasil). Este dispositivo estava em fase de testes e estava instalado no quintal de minha casa. O meteoro surgiu na constelação de Órion, cruzando seu cinturão ("Três Marias"). O registro foi efetuado às 23:44:21 de 17-02-2014 UT. Esta câmera foi posteriormente instalada no teto do prédio administrativo do Centro de Formação de Professores da UFRB (CFP-UFRB).
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
"Imagem" do meteoroide de Tunguska
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Fonte:A. Ol'khovatov - "TUNGUSKA AND OTHER PICTURES" |
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Um brilhante meteoro visto em Salvador
Vídeo de um meteoro com magnitude aparente estimada entre –8 e –10, registrado por uma câmera all sky instalada no perímetro urbano de Salvador, nas proximidades do Pelourinho. Este foi o meteoro mais brilhante detectado em dois anos de operação do instrumento.
É provável que o evento esteja associado à chuva "Perséidas de Setembro". Na mesma noite da detecção, observadores europeus relataram um outburst desta chuva. Devido à curta duração do fenômeno, o outburst não foi observado nos Estados Unidos.
A câmera estava orientada na direção noroeste. O horário apresentado no vídeo corresponde à hora oficial de Brasília (UTC−3).
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Um meteorito em Marte
Fonte: NASA/JPL |
domingo, 19 de maio de 2013
Um brilhante Eta Aquarídeo
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Imagem do meteoro.Alguns dos pontos claros são estrelas austrais. Ao centro, os pontos são associados a pixels quentes no CCD da câmera. |
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Curva de luz do meteoro |
sábado, 18 de maio de 2013
Crateras de Impacto Recentes em Marte
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Algumas das 248 crateras analisadas no estudo recente. Fonte: NASA/JPL. |
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Um intenso flash lunar
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Eta Aquarídeos 2013 em Salvador
Compilação de 63 vídeos da chuva de meteoros Eta Aquarídeos (ETA) registrados entre 05 e 09 de maio de 2013 UT, em Salvador (Bahia, Brasil). Além dos ETA, foram registrados alguns meteoros esporádicos e um flare associado a um satélite artificial. Os horários dos registros estão na "Hora de Brasília" (UT-3h). ETA é uma chuva de meteoros associada ao célebre cometa 1P/Halley. Os vídeos foram obtidos por uma câmera all sky apontada para o sudoeste.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: O que falta fazer?
As análises apresentadas nesta sequência de postagens baseiam-se nos dados obtidos em Belo Horizonte (BH) e Campos dos Goytacazes. A variação de altura angular do meteoro registrada em BH foi de aproximadamente 0,7 grau, valor compatível com a margem de erro estimada para esse tipo de medição. Isso implica um erro propagado significativo na determinação da trajetória atmosférica e da órbita do meteoro, mesmo com a boa concordância observada entre os resultados e os relatos visuais das testemunhas do evento, como ilustrado na Figura 1.
Para aprimorar esses parâmetros, a análise do vídeo gravado na região da Grande Vitória é especialmente relevante, como mostrado nas Figuras 2 e 3. No entanto, apesar das tentativas de contato, não foi possível obter resposta do autor do vídeo. A identificação do local exato da gravação é crucial, pois o azimute e a altura aparente do meteoro podem variar consideravelmente com deslocamentos relativamente pequenos, da ordem de dezenas de quilômetros.
Além da trajetória e da órbita, a massa pré-atmosférica do meteoro, assim como a de eventuais fragmentos, pode ser estimada a partir de sua magnitude absoluta. Essa magnitude é definida como o brilho que o meteoro apresentaria se estivesse a 100 quilômetros de altitude, diretamente no zênite do observador. Para estimá-la corretamente, é necessária uma calibração fotométrica utilizando como referência objetos de brilho conhecido, como estrelas, planetas ou a Lua.
No vídeo gravado em Vitória, dois objetos adicionais não identificados aparecem no campo de visão. Para determinar sua natureza e calcular a magnitude absoluta do meteoro, torna-se indispensável conhecer a localização exata do ponto de observação. Sem essa informação, a análise quantitativa permanece limitada e as incertezas nos resultados aumentam significativamente.
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Fig,2 - Um frame do vídeo da "Grande Vitória". Um fragmento do meteoro é visto logo após sua desconexão. |
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Fig.3 - Frame mostrando o meteoro após sua fragmentação. |
domingo, 28 de abril de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: Radiante do Objeto
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Posição da radiante do "Grande Meteoro de 2012 no Brasil". Diagrama gerado pelo atlas celeste "The Night Sky Atlas". |
sábado, 27 de abril de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: Posições do Objeto no Céu
Diagramas gerados com o software Skymap, mostrando as trajetórias aproximadas do meteoro de 20/04/2012 (hora de Brasília) nas localidades de Belo Horizonte e Campos dos Goytacazes. As trajetórias estão indicadas por setas. Os mapas apresentam o céu em coordenadas horizontais, com as estrelas posicionadas conforme visível às 23h30, para um observador olhando em direção ao zênite em cada localidade.
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Trajetória do meteoro visto de Belo Horizonte. O tempo de trânsito foi de 2s. O objeto foi visível ao redor da direção leste. |
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Trajetória do meteoro visto de Campos dos Goytacazes. O tempo de trânsito foi de 11s. O objeto foi visível entre, aproximadamente, as direções oeste-noroeste e norte-noroeste. |
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: Localização dos Observadores
A determinação da trajetória e da órbita do Grande Meteoro de 2012 no Brasil foi baseada nos vídeos obtidos em Campos dos Goytacazes e Belo Horizonte (BH). Com o auxílio das informações disponíveis na lista "Bólidos" e no Google Earth, identifiquei com razoável exatidão a posição dos observadores (Figs. 1 e 2). Utilizei elementos fixos da paisagem, como prédios, postes e outras estruturas, para estimar a altura e o azimute do meteoro nas duas localidades.
Essas coordenadas horizontais foram convertidas em ascensão reta e declinação utilizando a planilha radcoord, desenvolvida por M. Langbroek em Excel. Para os cálculos, considerei que as observações foram simultâneas e ocorreram às 23h30 de 20/04/2012 (hora de Brasília).
Encontrei ainda quatro vídeos no YouTube que registram o meteoro, oriundos de Belo Horizonte, Campos, Ipatinga e Grande Vitória. No entanto, não consegui determinar o local exato de onde foram feitas as gravações de Ipatinga e Grande Vitória, apesar de ter tentado contato com os autores. Não obtive resposta.
Para a determinação dos parâmetros orbitais do meteoro, são necessários pelo menos dois pontos de observação com coordenadas conhecidas. Com os quatro vídeos, seria possível formar até seis combinações independentes de sítios de observação, o que permitiria, em princípio, um refinamento significativo da trajetória e da órbita do objeto.
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Fig.1a - Um frame do filme de Campos. O meteoro é indicado pela seta branca. |
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Fig.2a - Um frame do filme de BH. O meteoro é indicado pela seta branca. |
sábado, 20 de abril de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: Trajetória Atmosférica
A trajetória atmosférica do "Grande Meteoro de 2012 no Brasil", registrado por volta das 2h30min UTC de 21 de abril de 2012, foi calculada com base em registros em vídeo obtidos em Belo Horizonte (Minas Gerais) e Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro). A trajetória estimada apresenta boa concordância com os relatos de observadores, disponíveis em vídeos publicados no YouTube e na lista "Bólidos".
Os dados indicam que o objeto seguia uma órbita hiperbólica, com excentricidade estimada em 1,190, distância ao periélio de 1,005 unidades astronômicas (ua) e inclinação de 28,51 graus em relação à eclíptica. O periélio teria ocorrido aproximadamente às 9h46min UTC do mesmo dia, cerca de sete horas após a passagem do objeto pela Terra. Esses elementos orbitais sugerem que o meteoro não colidiu com o planeta, mas apenas cruzou sua atmosfera superior.
Trata-se, portanto, de um meteoro provavelmente do tipo Earth-grazing, que atravessou a alta atmosfera terrestre e retornou ao espaço. A altitude mínima registrada durante a fase atmosférica foi de aproximadamente 74,5 quilômetros, sobre o território de Minas Gerais.
Embora a excentricidade estimada indique uma órbita hiperbólica, é importante considerar que esse valor pode estar superestimado devido a incertezas na medição da velocidade inicial. Caso a órbita real seja ligeiramente elíptica, o meteoro seria compatível com a classe dos objetos Apollo, caracterizados por órbitas com semieixo maior superior a 1 ua e periélio próximo à órbita da Terra. Essa possibilidade não pode ser descartada com os dados atualmente disponíveis.
Os resultados deste estudo foram apresentados como parte da minha tese de doutorado na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
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Posições dos observadores visuais do meteoro de 21-04-2012 UT. Fonte: Comentários do vídeo original de BH do "YouTube". A distância entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo é de 358,1 km. |
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Um ET em Salvador (?!?)
domingo, 24 de março de 2013
OVNIs em Salvador (?!?)
Vídeo de três objetos detectados no céu de Salvador (Bahia, Brasil) às 22:06, 22:24 e 23:09 do dia 24-03-2013 UT. Hipóteses:
Animais voadores? Improvável. Tenho diversos registros de corujas e morcegos. Nenhum desses animais reflete as luzes de iluminação pública de forma idêntica aos três objetos detectados.
Chuva de meteoros? Pouco provável. Os objetos possuem magnitudes muito parecidas entre si e são provavelmente mais brilhantes que o planeta Júpiter. A probabilidade de observar três meteoros com essa magnitude e de forma consecutiva é muito pequena. Além disso, a radiante da chuva se deslocaria algumas dezenas de graus, acompanhando a rotação da Terra, o que não foi observado.
Reentrada de lixo espacial? Pouco provável. Não havia previsão de reentrada naquela data sobre o Brasil. Todos os objetos vieram aproximadamente do mesmo ponto do céu, sugerindo uma origem comum. Estes objetos poderiam ser fragmentos de algum satélite. O intervalo de tempo entre a última e a primeira detecção é de quase uma hora, sugerindo uma distância de algumas dezenas de milhares de quilômetros ao longo da órbita desses hipotéticos fragmentos. Os fragmentos têm dimensões parecidas. Dados do radar NORAD sugerem que a maioria dos fragmentos de satélites possui dimensões centimétricas, o que sugere um pequeno brilho no céu. O aspecto curvilíneo das trajetórias pode ser associado a uma distorção óptica da lente da minha câmera de detecção de meteoros.
Fogos de Artifício? Mais provável. Vi alguns sendo lançados daquela direção alguns dias mais tarde.
Essa análise demonstra que nem sempre a hipótese mais sedutora é a mais razoável ou correta em ciência — essa é a base da ciência moderna.
A câmera que fez esses registros estava apontada para o sudoeste.
domingo, 17 de março de 2013
Os 55 meteoros de 2013
Processamento posicional, utilizando o software "UFOAnalyzer", dos 55 meteoros registrados em Salvador (Bahia, Brasil) entre 24 de janeiro e 17 de março de 2013 UT. Todos os objetos foram classificados como esporádicos, não estando associados a nenhuma chuva de meteoros conhecida.
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Trajetórias aparentes do meteoros com relação ao polo sul celeste. |
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Raul Seixas encontra um meteorito no quintal de casa
O título desta postagem é, evidentemente, uma brincadeira com um episódio ocorrido em Salvador na semana passada. Um suposto meteorito teria caído no quintal da casa do Sr. Paulo Brito, morador do bairro de Água de Meninos, às 23h43 da chuvosa noite de 21 de fevereiro de 2013. Segundo o relato, o morador foi acordado por um forte estrondo e encontrou a rocha em um buraco com 23 centímetros de profundidade. Do interior da perfuração sairia uma densa fumaça colorida em tons de azul e rosa. A testemunha afirmou que o objeto ainda estava “quente”, a ponto de queimar suas mãos ao tocá-lo.
A rocha foi recolhida por uma equipe de um jornal local e levada ao Instituto de Geociências da UFBA. O colega Wilton de Carvalho realizou uma inspeção visual preliminar e concluiu que não se tratava de um meteorito. O objeto não apresentava crosta de fusão, característica típica de meteoritos resultante da entrada na atmosfera, e estava fortemente oxidado. Essa oxidação, no entanto, só ocorre após longa exposição ao oxigênio terrestre, o que é incompatível com os dois dias alegados de permanência no planeta.
Quando soube dessa história, no sábado, confesso que não levei muito a sério, por um motivo simples: minha câmera de monitoramento de meteoros não registrou qualquer flash ou superbólido durante toda a noite em questão. E eu moro a menos de dois quilômetros da residência do Sr. Paulo. Um evento desse tipo deveria ter produzido um clarão significativo, associado à fragmentação do meteoroide a dezenas de quilômetros de altitude. Mesmo que não ocorresse dentro do campo visual da câmera, um flash com magnitude comparável à da Lua cheia, cerca de –13, teria deixado algum registro, mesmo sob chuva.
Foto de Tânia Araújo (Agência "A Tarde")
Foto de Fernando Vivas (Agência "A Tarde")
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Meteorito da Rússia
(Via Wikipedia)
Minha Vivência com o Colonialismo Cultural na Ciência
Esta postagem tem um caráter de reflexão e registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, enviei uma...

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