As análises apresentadas nesta sequência de postagens são baseadas nos dados obtidos em Belo Horizonte (BH) e Campos dos Goytacazes. A variação de altura do meteoro em BH é de 0,7 graus. Acredito que esta variação é da ordem do desvio estimado para este parâmetro. Isso implica num erro propagado expressivo na trajetória atmosférica e na órbita do meteoro, apesar da excelente concordância com relatos de testemunhas do evento (Fig.1). Para refinar estes parâmetros, a análise do vídeo da "Grande Vitória" é fundamental (Fig,2 e 3). Como já reportado anteriormente, não logrei sucesso no contato com o autor. Saber o local onde foi gravado o vídeo é importante, uma vez que o azimute e altura do meteoro podem variar de maneira significativa num deslocamento de algumas dezenas de quilômetros. A massa pré-atmosférica do objeto (e dos fragmentos) pode ser obtida a partir de sua magnitude absoluta. A magnitude absoluta de um meteoro é o brilho que o mesmo teria se fosse observado no zênite, em uma altitude de 100km com relação a superfície terrestre. Para a determinação desta magnitude é necessário se efetuar calibração fotométrica usando-se como referência estrelas, planetas ou a Lua. No vídeo de Vitória são registrados dois objetos desconhecidos. Para a identificação dos objetos e cálculo da magnitude absoluta, novamente, é necessário saber onde o registro foi feito.
Fig,2 - Um frame do vídeo da "Grande Vitória". Um fragmento do meteoro é visto logo após sua desconexão. |
Fig.3 - Frame mostrando o meteoro após sua fragmentação. |
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