Passagem da estação espacial chinesa Tiangong registrada no bairro do Santo Antônio, Centro Histórico de Salvador. A imagem original foi obtida com uma câmera Canon Rebel T100, em 15-01-2022, com tempo de exposição de 15 s, ISO 1600, obturador f/4.5 e distância focal de 34 mm. Este ajuste foi adequado para o registro do X-37B, mas combinado com nuvens, poluição luminosa e Lua presente no céu fez com que esta fotografia ficasse extremamente saturada. A luminosidade do céu foi corrigida com o software IRIS para destacar o traço deixado pelo movimento próprio do objeto.
Registro da pluma do primeiro estágio do foguete Longa Marcha V no bairro do Barbalho, centro histórico de Salvador. Os registros foram feitos com uma câmera Canon Rebel T100 em 23-11-2020, às 21 h 34 min UT. O vídeo é composto de 50 fotografias, com 0,5 s de exposição, ASA 3200, obturador f/4.5, e distância focal de 30 mm. As fotografias foram alinhadas com o aplicativo Google Fotos.
O foguete lançou a missão lunar Chang'e-5. Dada sua complexidade, esta sonda é provavelmente um demonstrador de tecnologia para futuras missões de coleta de amostras em Marte e suas luas Phobos e Deimos, asteroides e cometas próximos da Terra.
Júpiter e Saturno são visíveis no canto inferior à esquerda.
Meus agradecimentos ao meu ex-aluno de iniciação científica T. M. Bettio por ter me dado o alerta da ocorrência do evento.
Em 14-12-2013 UT, a China se tornou o terceiro pais a pousar uma sonda na superfície lunar. Isto não acontecia desde 1976, com a Luna-24. A sonda Chang`e-3 levou o rover Yutu de 120kg para um pouso suave no Mare Imbrium.
O programa espacial chinês esteve ligado ao soviético até a ruptura da aliança em 1961. Com o colapso soviético em 1991, uma reaproximação informal ocorreu e os frutos são a nave Shenzhou, derivada da Soyuz, e a estação Tiangong, inspirada na Salyut (e na Mir). Creio que podemos esperar façanhas ainda mais espectaculares nos próximos anos. A China possui um programa espacial suportado por recursos financeiros abundantes e forte motivação geopolítica.
Rover Yutu registrado pela Chang`e-3. Fonte: Wikipedia.
Imagem da câmera All Sky do observatório do "Itelescope", instalado próximo a Nérpio (Espanha), registrando a passagem da estação espacial chinesa Tiangong-I. Acessando a página do "Itelescope", este traço me chamou a atenção. A identificação do objeto foi feita através de uma consulta ao "Heavens Above".
Em 04:52 (07:52 UT) de 15 de janeiro de 2001, o autor registra a passagem da nave chinesa Shenzhou-2 da cidade do Rio de Janeiro (Imagem 1). Nesta ocasião, a nave estava em uma órbita de 330km x 340 km e inclinação de 42,6 graus em relação ao equador. Na ocasião das observações, a nave esteve a uma distância mínima de 503 km do centro da cidade. A maior altura em relação ao horizonte foi de 41 graus, ocorrendo às 04:51 na direção SSW. A fotografia foi obtida com uma câmera Zenit 12XS, filme Kodak Gold 100 e dois minutos de exposição. A magnitude estimada foi um pouco menor que 2. Cerca de cinco minutos antes do aparecimento da Shenzhou-2, eu fotografei a trajetória do segundo estágio do lançador CZ-2F (Imagem 2). Nesta ocasião, o estágio estava em uma órbita elíptica com menor altitude que a Shenzhou-2. O estágio queimou na atmosfera no dia 20 de janeiro de 2001. O tempo de exposição foi igual ao da imagem anterior.
As manchas marrons nas imagens foram causadas pelo mau armazenamento das fotografias.
Estas observações me motivaram a escrever um artigo sobre o programa espacial chinês, publicado na Revista ComCiência.
A nave não tripulada Shenzhou-8 foi lançada nesta segunda-feira, às 18:58 (Hora de Brasília). O destino é o primeiro módulo da estação espacial chinesa "Palácio Celestial'. Os chineses estão seguindo os mesmos passos do programa espacial dos EUA. Nos anos da década de 1960, o domínio das técnicas de acoplamento orbital entre as naves Genimi e o satélite-propulsor Agena foram fundamentais para o pouso de astronautas na Lua. Diferente dos EUA, os chineses querem construir primeiro sua estação espacial. Neste posto avançado, poderão ser montadas naves de alta complexidade, como as exigidas para um pouso tripulado na Lua. Abaixo, o vídeo do lançamento da espaçonave: