quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Globo Repórter sobre o Cometa Halley

Trechos do Globo Repórter de 03 de outubro de 1985 sobre a passagem do cometa Halley.  Programa interessante apesar de alguns deslizes. O deslize mais grotesco foi o tempo dado a uma astróloga no programa.  Esta "especialista" teve intermináveis 52 s para vomitar análises pseudocientíficas sobre o 1P/Halley. Curioso que o tempo dado a astróloga foi maior que o dado a astrônoma brasileira Rosaly Lopes, da qual só ouvimos sua voz no fundo de uma narração do repórter Renato Machado sobre a vida de Edmond Halley. São particularmente interessantes as estimativas das dimensões angulares do cometa feitas por observadores cariocas em 1910. Baseado no relato de uma senhora,  conclui que a cauda possuiu 180 graus de comprimento (!?!) em uma dada ocasião. Acho que isso é muitíssimo exagerado. Um observador canadense reportou que a cauda do 1P/Halley atingiu 65 graus de comprimento máximo em 1910. Curioso que não se falou absolutamente nada sobre o que os astrônomos profissionais brasileiros estavam planejando para estudar o cometa Halley. Será que isso não interessaria a população da época?


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nascer do Sol no Pico dos Dias

Belíssimo nascer do Sol registrado no Observatório do Pico dos Dias, na segunda metade da década de 1990, após uma noite de observações fotométricas de asteroides.


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cristo Redentor visto através do buscador do meu telescópio

Foto do "Cristo Redentor" obtida na metade da década de 1990. O buscador do meu newtoniano foi confeccionado pelo Sr. Vianello, provavelmente usando um binóculo 10x50. O retículo é feito de fios de cobre.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Giotto e o 1P/Halley

Vídeo da Agência Espacial Europeia (ESA) comemorando os 25 anos do encontro da sonda Giotto com o cometa Halley. A nave se aproximou a cerca de 600 km do núcleo do cometa em 14 de março de 1986 (UT). Essa distância mínima só foi alcançada graças à astrometria precisa fornecida pelas sondas soviéticas VEGA-1 e VEGA-2, demonstrando, de forma inequívoca, o sucesso de uma colaboração científica entre a URSS e os países europeus — um exemplo notável de cooperação internacional em plena Guerra Fria, contrastando com os entraves geopolíticos atuais, que infelizmente têm afetado até colaborações científicas.

Embora a Giotto estivesse equipada com um escudo Whipple para proteção contra partículas de poeira, ela sofreu dois impactos severos de grãos em hipervelocidade. O primeiro causou a perda temporária da orientação da nave por mais de 30 minutos. O segundo destruiu sua câmera CCD, impedindo novas imagens — felizmente, isso ocorreu após o registro do núcleo do cometa.

Em 1992, após manobras orbitais complexas, a Giotto realizou um segundo encontro, desta vez com o cometa Grigg–Skjellerup, aproximando-se a cerca de 200 km do núcleo. Durante esse sobrevoo, a nave conduziu diversas medições do ambiente cometário, incluindo contagem de grãos de poeira, análise do campo magnético e outros parâmetros relevantes.

Comparadas às imagens de núcleos cometários obtidas por missões mais recentes, as da Giotto podem parecer modestas em qualidade. No entanto, do ponto de vista científico, foram extraordinariamente valiosas. Elas confirmaram o modelo da "bola de neve suja" proposto por Fred Whipple e revelaram que os núcleos cometários não são inteiramente ativos. No caso do cometa Halley, cerca de 10% da superfície estava ativa, emitindo gás e poeira.

Lembro-me do impacto que essas imagens, mesmo borradas, causaram quando foram exibidas no Jornal Nacional. Naquela época, havia uma antena parabólica instalada no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que recebia diretamente os sinais do centro de controle da Giotto, permitindo a transmissão das imagens aos astrônomos e ao público em tempo quase real.




domingo, 29 de janeiro de 2012

Astrofotografias com meu newtoniano - (1)

Algumas astrofotografias da Lua que obtive com meu telescópio na segunda metade da década de 1990. Todas as imagens foram capturadas utilizando filme ASA 100, seguindo o mesmo procedimento. Para isso, removi a lente da minha câmera Zenit 12XS e ajustei o foco aproximando ou afastando o corpo da câmera da ocular/focalizador. O tempo de exposição foi de 1/30s, visando minimizar trepidações.







Fotografia de projeção com 360X de aumento. Quase no centro, as cordilheiras dos
Montes Apenninus (em cima) e Montes Caucasus (em baixo)


Minha Vivência com o Colonialismo Cultural na Ciência

  Esta postagem tem um caráter de reflexão e registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, enviei uma...