quinta-feira, 31 de julho de 2014

17P/Holmes - Uma Semana de Observações

Animação amostrando o cometa 17P/Holmes durante a semana de 24 a 31 de julho de 2014. As imagens LRGB foram obtidas com um telescópio SCT de 0.35m f/11, instalado no Observatório Teide das Ilhas Canárias (Espanha).



sábado, 26 de julho de 2014

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014)

É com tristeza que expresso meus sentimentos pela passagem do astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014). Mourão foi um grande divulgador da ciência, deixando uma marca significativa em várias gerações fascinadas pela astronomia, incluindo a minha. A minha iniciação na observação do céu através de um telescópio ocorreu no Museu de Astronomia (MAST), graças a ele. A imagem de Vênus vista através da luneta de 21cm do MAST permanece viva na minha memória. Foi nesse local que também montei meu primeiro telescópio. O MAST, criado por Mourão com o propósito de preservar o legado da astronomia e áreas correlatas desenvolvidas pelo Observatório Nacional, desempenha um papel fundamental nesse contexto.


sábado, 12 de julho de 2014

NGC-4755 ("Caixa de Jóias")

Imagem CCD LRGB do aglomerado aberto NGC-4755, popularmente conhecido como "Caixa de Joias". Registro obtido com um telescópio de 0.35m f/11 instalado em La Dehesa, região metropolitana de Santiago (Chile).

sexta-feira, 11 de julho de 2014

C/2012 X1 (LINEAR) - Registro

Imagem CCD LRGB do cometa C/2012 X1 obtida através de um telescópio de 0.35m f/11, instalado em La Dehesa, região metropolitana de Santiago (Chile).

Minha análise das cores deste cometa foram publicadas em Betzler et al (2017).



quarta-feira, 9 de julho de 2014

Nebulosa de Eta Carinae

Imagem CCD LRGB da nebulosa Eta Carinae (NGC-3372). Registro obtido com um telescópio refrator de 90mm f/5.56, com grande campo (1.4 x 1.1 graus) instalado em La Dehesa, região metropolitana de Santiago (Chile).


domingo, 6 de julho de 2014

C/2013 UQ4 (Catalina) - Movimento Orbital

Sequência de imagens BGR do cometa C/2013 UQ4 (Catalina). A sequência foi obtida aproximadamente às 5h de 05-07-2014 UT, com um telescópio de 0.35m f/11 do Observatório Teide, nas Ilhas Canárias (Espanha). Cada imagem tem tempo de exposição de 60s, e  foram alinhadas com o software astrometrica.


I

Minha análise das cores deste cometa foram publicadas em Betzler et al (2017).

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ceres e Vesta

Ceres (círculo vermelho) e Vesta (círculo verde) ocupam uma mesma parte do céu, separados por cerca de um quarto de grau. Imagem LRGB obtida com um telescópio refrator de grande campo (1,4 x 1,1 graus), instalado no Observatório Teide, nas Ilhas Canárias (Espanha).

quinta-feira, 3 de julho de 2014

17P/Holmes - Registro

Imagem CCD LRGB do cometa 17P/Holmes obtido com um telescópio de 0,35m f/11, instalado no Observatório Teide (Ilhas Canárias, Espanha). Este objeto apresentou um outburst em 2007 e a expansão de sua coma  tornou-o momentaneamente maior que o Sol.


segunda-feira, 23 de junho de 2014

O astrônomo leu "No Reino dos Astrônomos Cegos"

Há duas semanas, terminei de ler o livro "No Reino dos Astrônomos Cegos" de Ulisses Capozzoli (Ed. Record, 2005). Considerei um excelente livro destacando alguns aspectos que me chamaram a atenção:

i) Nos capítulos 1 a 9, o autor faz uma excelente apresentação da história da radioastronomia, abordando a correlação entre a evolução instrumental e conceitual que permitiu caracterizar as fontes detectadas no céu. Para isso, o autor associa essa evolução essencialmente às pesquisas realizadas no Reino Unido (e na Austrália) e nos EUA. Não questiono a escolha dessa linha do tempo, que é a mais fartamente documentada, e é inegável que pesquisadores desses países tiveram um papel decisivo na evolução da radioastronomia. Suas descobertas mudaram nossa visão do cosmos. Entretanto, esperava encontrar alguns trechos sobre a história da radioastronomia na URSS e no Japão. O desenvolvimento desta ciência nesses dois países é pouco conhecido até por profissionais da área. No caso da URSS, há apenas algumas passagens, como a menção a um satélite científico soviético lançado para estudar a anisotropia na radiação de fundo cósmico, alguns anos antes do COBE. A URSS não teria um programa espacial tão significativo sem uma rede de radiotelescópios para comunicação interplanetária. Esses instrumentos tinham uso dual. Em relação ao Japão, o livro menciona apenas que um survey da Via Láctea, na banda do gás monóxido de carbono, frustrou um projeto equivalente que seria realizado por pesquisadores do IAG.

ii) O autor se esforça para explicar conceitos físicos que não são triviais, como a emissão de 21 cm do hidrogênio. Não há erros, mas percebi que o autor se deteve muito, talvez de forma desnecessária, na descrição da geração dessa radiação (seis páginas usando enfoques ligeiramente diferentes).

iii) Uma brilhante descrição da evolução da radioastronomia brasileira é feita nos capítulos 10 a 16. Como bom contador de histórias, o autor descreve de maneira fluida e atraente como a radioastronomia brasileira nasceu a partir de um grupo de entusiastas no final da década de 1950, atingindo seu ápice cerca de 10 a 15 anos depois. Essa descrição é feita a partir de entrevistas com os protagonistas, o que pode representar uma visão mais fidedigna dos fatos. O livro se encerra de maneira igualmente interessante, sugerindo as origens dos altos e baixos da radioastronomia em nosso país.

Recomendo a leitura para quem deseja entender a razão pela qual é tão difícil fazer ciência de qualidade e competitiva no Brasil.

Capa do livro - Galáxia NGC-5128, uma excepcional
radiofonte do hemisfério sul celeste.


domingo, 15 de junho de 2014

O Primeiro Meteoro Detectado em Amargosa

Primeiro meteoro esporádico detectado por uma câmera de TV de grande campo instalada no loteamento Santo Antônio, em Amargosa (Bahia, Brasil). Este dispositivo estava em fase de testes e estava instalado no quintal de minha casa. O meteoro surgiu na constelação de Órion, cruzando seu cinturão ("Três Marias"). O registro foi efetuado às 23:44:21 de 17-02-2014 UT. Esta câmera foi posteriormente instalada no teto do prédio administrativo do Centro de Formação de Professores da UFRB (CFP-UFRB).


domingo, 8 de junho de 2014

Aquecedores Solares em Amargosa

Imagem obtida em 07-06-2014, mostrando um conjunto de casas populares no bairro Katyara, em Amargosa (Bahia). Este conjunto foi construído no contexto do programa "Minha Casa, Minha Vida" do governo federal. O aspecto notável desta imagem é a utilização de aquecedores solares nas casas. Esses dispositivos são destinados a aproveitar a energia solar para aquecer a água para o banho e, possivelmente, para o preparo de alimentos. Esta iniciativa contribui para a redução do consumo de energia elétrica e gás e, em uma escala menor, para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.





domingo, 18 de maio de 2014

Asteroides 315, 58.547 e 166.382: Um Encontro no Céu

Imagem CCD com 180 s de exposição do asteroide 315 (Constantia). Este asteroide compartilhava o mesmo campo estelar com os objetos 58.547 (1997 FZ2) e 166.382 (2002 LA50) devido ao efeito de perspectiva. Na ocasião do registro, a distância entre os asteroides era de dezenas de milhões de quilômetros. A ideia popularizada por filmes de ficção científica de que os asteroides estão a poucas dezenas de metros entre si não é correta. A imagem foi obtida em 03-03-2014 UT, através do filtro R, usando o telescópio T21 da rede Itelescope no Novo México (EUA).


Diagrama gerado pelo programa "Astrometrica" mostrando os três objetos (círculos
vermelhos). Os círculos verdes representam  estrelas do catálogo USNO-B1.

Aninação comparando as posições obtidas dos três asteroides no instante do
registro. Diagramas orbitais gerados pelo "JPL Minor Planet Browser". A órbita mais
externa é a do planeta Júpiter.

sábado, 17 de maio de 2014

VJA8ACE = 2014 JO25

Soma de nove imagens CCD de 12s de exposição do NEO 2014 JO25 (círculo roxo) obtidas em 05-05-2014 UT, através do telescópio T11 da rede Itelescope, no Novo México (H06, EUA). Este objeto estava na lista de NEOs cuja órbita deveria ser refinada antes da obtenção da designação no padrão IAU. Colaborei com este objetivo, obtendo duas posições astrométricas nos filtros V e R. A magnitude R do objeto era 17,6 usando como referência o catálogo USNO-B1.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Importância da Astrometria

A astrometria é a parte da astronomia dedicada à determinação das posições dos astros no céu. Graças às medições posicionais da Lua e do Sol realizadas há algumas centenas ou milhares de anos antes de Cristo por sacerdotes na Babilônia, foi possível desenvolver um calendário que culminou no que utilizamos atualmente. Com o advento da teoria gravitacional de Newton no início do século XVIII, foi possível justificar por que as órbitas dos planetas são elipses, conforme sugerido por Kepler. Essas descobertas só se tornaram viáveis devido às observações posicionais de planetas e cometas realizadas anteriormente.

Hoje em dia, um número excepcional de asteroides e cometas é descoberto anualmente por iniciativas profissionais e amadoras. Sem observações astrométricas precisas, as órbitas desses corpos ficam mal determinadas, o que pode levar à perda desses objetos. Um exemplo notável é o cometa 289P/Blanpain, que foi descoberto em 1819 e permaneceu perdido até ser reencontrado em 2013.

A astrometria pode ser realizada com um mínimo de recursos instrumentais e computacionais. Utilizando um telescópio com algumas dezenas de centímetros de abertura, equipado com uma câmera CCD e um PC, é possível montar uma estação astrométrica que contribua significativamente para a determinação das órbitas de asteroides e cometas. É fundamental que, mesmo em observações físicas desses corpos, suas coordenadas sejam determinadas e enviadas ao Minor Planet Center (MPC). O programa Astrometrica, desenvolvido por H. Raab, facilita consideravelmente esse trabalho.

Apresento alguns objetos que foram medidos por mim e meus alunos do curso de astrofísica observacional da UFRB, em 2013.2. Todas as imagens foram obtidas através do telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha).

NEO 1998 QE2 (círculo roxo) - Imagem no filtro R obtida em 29-05-2013 UT.
As estrelas envolvidas por círculos verdes pertencem ao
catálogo astrométrico USNO-B 1.0 e estão presentes no registro. As
estrelas dentro dos círculos amarelos foram rejeitadas no 
processamento astrométrico. Imagem processada pelo
software Astrometrica. Posições medidas publicadas na MPEC 2014-J02.

NEO 2003 GS - Filtro R - 25-04-2014 UT. Posições medidas publicadas na
MPEC 2014-H46

NEO 2014 HV2 - 28-04-2014 UT - Soma das imagens obtidas nos filtros RGB. As imagens
foram centradas no asteroide em movimento (não perfeitamente), justificando as múltiplas estrelas
em linha. Posições medidas publicadas na MPEC 2014-H71


C/2012 K1 - Filtro B - 01-05-2014 UT

NEO 2014 GY48 - Filtro R - 01-05-2014 UT. Posições medidas
publicadas na MPEC 2014-JO7.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O astrônomo assistiu: "Cosmos: A Spacetime Odyssey"

Há três semanas, acompanho os capítulos da nova versão da série "Cosmos". Sinceramente, estou tentando não comparar com a primeira versão de 1980, entretanto, isso não é fácil. Definitivamente, Neil Tyson não tem o mesmo carisma de Carl Sagan. Sagan possuía uma consciência de câmera e um tom de voz no qual pude perceber um misto de amor e fascinação pela astronomia. Isso foi o que me "fisgou", e me tornei astrônomo por causa de "Cosmos". O que pude notar nas duas versões da série é a tendência em idealizar cientistas. Fiquei abismado com a representação de Isaac Newton no episódio III. Newton tinha defeitos e qualidades, como qualquer ser humano. Definitivamente, ele não era a representação que vimos na excepcional animação apresentada. Na animação, Newton era "perseguido" por Robert Hooke, cujo rosto não era mostrado. A justificativa para isso é que não existem representações da fisionomia de Hooke feitas em sua época. Entretanto, ao meu ver, sua representação física na animação lembrava a do personagem Gollum do "Senhor dos Anéis". Por mais que tenha havido intrigas entre Newton e Hooke, considerei essa representação de Hooke altamente desrespeitosa. Robert Hooke era um cientista excepcional, com contribuições importantes em diversos campos da ciência.

Confesso que fiquei emocionado em assistir à animação onde apareciam William e John Herschel no episódio IV. Tenho profunda admiração pelos dois. Entretanto, não creio que William tivesse uma concepção espaço-temporal tão sofisticada como a apresentada na conversa com seu filho, no início do século XIX. A primeira determinação de uma distância interestelar somente ocorreria em 1838, com a estrela 61 Cygni, por F. W. Bessel. W. Herschel havia falecido 16 anos antes desta descoberta.

Apesar dessas observações, considero válida qualquer iniciativa voltada à divulgação da ciência e continuarei a assistir.


Card de abertura. Fonte: Wikipedia.


quinta-feira, 10 de abril de 2014

C/2014 E2 (JACQUES) - Registro

Imagem CCD LRGB do cometa Jacques obtida no Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). O tom avermelhado apresentado pelo objeto pode sugerir que este objeto é "poeirento", ou seja sua razão poeira/gás pode pender mais para o primeiro constituinte. Uma determinação robusta do índice de cor B-V também sugere o avermelhamento do objeto. 



Minha análise das cores deste cometa foram publicadas em Betzler et al (2017).

domingo, 6 de abril de 2014

Evolução Morfológica dos cometas C/2012 K1 e C/2013 R1 - Animação

Animações das mudanças morfológicas dos cometas PANSTARRS e Lovejoy durante um mês de observações, entre 3 de fevereiro e 6 de abril de 2014 (UT), com uma cadência média de uma imagem a cada sete dias. As imagens foram obtidas no Observatório Slooh, localizado nas Ilhas Canárias, Espanha, utilizando os telescópios "Dome 1" (para o cometa C/2013 R1) e "Dome 2". As variações na morfologia dos cometas podem ser atribuídas a um ou mais dos seguintes fatores: i) variação na distância heliocêntrica, ii) variação na transparência atmosférica no momento das observações, iii) diferenças no telescópio, detector ou tempo de exposição, iv) sublimação de voláteis devido à atividade solar, v) incremento súbito da atividade cometária (outburst), e vi) rotação do núcleo em torno de seu(s) eixo(s).


C/2013 R1 (Lovejoy) -  Dez imagens obtidas entre 03-02 e 06-04-2014 UT

C/2012 K1 (PANSTARRS) -  Nove imagens obtidas entre 14-03 e 06-04-2014 UT.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Novas Scorpii e Cygni 2014

Imagens CCD LRGB das Novas Scorpii e Cygni obtidas no Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Ambos objetos foram descobertos em março de 2014, com câmeras DSLR e teleobjetivas. Estes instrumentos fotográficos são de baixíssimo custo e são frequentemente utilizados por amadores em descobertas de novas galácticas.

Imagem obtida com o telescópio "High Mag" do
 "Dome 2" (campo 13,1` x 8.8`)
Campo estelar da Nova Cygnii 2014. Animação constituída por
 um imagem DSS2-RED e o registro Slooh. A imagem DSS foi obtida antes
do aparecimento do objeto. Imagem alinhadas com o software IRIS.
Nova Scorpii 2014 (seta).Imagem obtida com o telescópio "Wide Field"
 do "Dome 2"(campo 1,4 x 1,1 graus)

quarta-feira, 26 de março de 2014

Um asteroide com anéis

Hoje foi divulgada a descoberta de um sistema de anéis ao redor do centauro (10199) Chariklo. Esta descoberta foi realizada por um grupo de astrônomos liderados pelo brasileiro Felipe Braga-Ribas. O sistema é provavelmente constituído por dois anéis, com larguras de 7 e 3 km, separados por uma divisão de 9 km. Semelhante aos anéis de Saturno, com sua famosa divisão de Cassini, especula-se que a divisão nos anéis de Chariklo seja causada pela força gravitacional de um ou mais satélites. Este(s) hipotético(s) objeto(s) pode(m) orbitar Chariklo na região da divisão. A(s) força(s) gravitacional(is) do(s) satélite(s) sobre os fragmentos do anel pode(m) fornecer energia suficiente para que estes últimos deixem a região da divisão. A origem dos anéis pode ser associada a processos colisionais. A descoberta dos anéis foi possível através da observação da ocultação da estrela UCAC4 248-108672 pelo objeto. Este fenômeno ocorreu em 03-06-2013 UT, e sua observação foi possível apenas em uma estreita faixa no sul da América do Sul. As observações envolveram observatórios profissionais e amadores no Brasil, Chile, Uruguai e Argentina. Este resultado somente foi possível por dois fatores: i) observações astrométricas prévias do objeto, que refinaram sua órbita, tornando possível a previsão da ocultação e ii) colaboração entre astrônomos profissionais e amadores, algo infelizmente raro em nosso país, devido a preconceitos de alguns profissionais e/ou à falta de instrumentação adequada entre os amadores.

Parabéns ao grupo pela grande descoberta. Considero lastimável que a TV brasileira não tenha divulgado este resultado no dia de hoje.

Abaixo, um vídeo do ESOCast sobre a descoberta, apresentado pelo Dr. J com seu peculiar inglês.




domingo, 23 de março de 2014

C/2013 R1 em Baixa Latitude Galáctica

O cometa C/2013 R1 (Lovejoy) está com uma pequena declinação sul e próximo ao plano da Via Láctea. No registro obtido em 23-03-2014 UT, através de um telescópio de grande campo (1,4 × 1,1 graus) do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha), é claramente visível uma variação da densidade de estrelas no fundo de céu. Esta variação é causada pela presença de poeira, que obstrui a radiação na faixa do visível na constelação do Escudo



Posição do cometa (cruz). Diagrama gerado através do "The Night
Sky Atlas". O campo é de 30 graus e a Via Láctea é representada
pela mancha colorida amorfa.

terça-feira, 18 de março de 2014

C/2012 K1 (PANSTARRS)

Imagens CCD LRGB do cometa PANSTARRS obtidas através do telescópio "dome 2" do observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha).  I. Ferrin, pesquisador que previu a fragmentação do cometa ISON, sugeriu que há 27% de probabilidade que o mesmo ocorra com este objeto. Minhas observações não mostraram evidências da ocorrência desse evento.




sábado, 15 de março de 2014

Novas Sagittarii e Cephei 2014

Imagens CCD LRGB das Novas Sagittarri e Cephei 2014 obtidas com o telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Os objetos foram descobertos, respectivamente, em 28,857/01 e 8.792/03 UT deste ano, com teleobjetivas.  Estas novas são do tipo clássica.  
Nova Cephei apresenta um grande avermelhamento o que justifica a diferença de cores entre os objetos.

Nova Cephei 2014 (seta). A magnitude V no registro era próxima
de 11,5.
Nova Sagittarri 2014 (seta). A magnitude V no registro
era próxima de 10,3.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Novo Cometa Descoberto por Brasileiros: C/2014 E2 (JACQUES)

O projeto SONEAR descobriu seu segundo cometa no ano de 2014. A órbita preliminar do C/2014 E2 (JACQUES) é parabólica, dado o pequeno número de observações. Assim como o cometa SONEAR, este objeto estava no hemisfério celeste sul, numa região do céu inacessível aos grandes surveys como LINEAR ou PAN-STARRS. Congratulações a C. Jacques, E. Pimentel e J. Barros por mais um grande resultado.

Imagem do cometa Jacques obtida por Ernesto Guido, Nick Howes e Martino 
Nicolini. Fonte: Remanzacco Observatory

quarta-feira, 5 de março de 2014

290P/Jager - Registro

Imagem CCD LRGB do cometa 290P/Jager obtida com o telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). O objeto apresentava magnitude total V=15,40±0,06 e cor V-R bem próxima da solar.



   Minha análise das cores deste cometa foram publicadas em Betzler et al (2017).

terça-feira, 4 de março de 2014

C/2013 R1 (Lovejoy) - Novo Registro

Imagem CCD LRGB do cometa Lovejoy obtida através do telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Na ocasião do registro, a magnitude total estimada do objeto era próxima de 8.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

V745 Sco


Imagens CCD LRGB da nova recorrente V745 Sco obtidas através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh da Ilhas Canárias (Espanha). A erupção deste objeto foi detectada em 07-02-2014 UT. Uma nova recorrente pode ser associada a um sistema constituído de uma anã branca e uma gigante vermelha. Neste sistema, ocorre transferência de matéria da gigante vermelha para a anã branca. Quando a massa da anã branca se iguala ao limite de Chandrasekhar (~1.4 massas solares), a estrela  apresenta uma explosão termonuclear que não a destrói. Após isso, o ciclo se reinicia. No caso de V745 Sco foram detectadas erupções em 1937 e 1989. As magnitudes V do objeto eram  próximas de 10,5 (09-02) e 15,0 (23-02).

Imagens de V745 Sco obtidas em 09,13 e 23-02-2014 UT. As imagens foram alinhadas com o
software "IRIS". O objeto apresenta um gradual "avermelhamento", que pode ser associado a variação de parâmeros físicos do objeto ou/e a influência da atmosfera terrestre.  A altura de V745 Sco  nas Canárias foi sempre inferior a 30 graus em todas as observações. 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

SN 2014G em NGC-3448

Imagem CCD LRGB da supernova do tipo II-L que surgiu na galáxia NGC 3448. O registro foi obtido através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh, nas Ilhas Canárias (Espanha). A magnitude V do objeto foi de 14,60 ± 0,02 no momento do registro.


Animação mostrando a posição do objeto em NGC-3448. A primeira
imagem foi obtida no DSS1. O alinhamento das imagens foi efetuado com
o programa "IRIS".



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Possível Registro de um Veterano da Corrida Espacial

Astrofotografia de uma possível passagem de um estágio do Thor Agena B

A imagem, obtida às 22:03 do dia 03 de fevereiro de 2014 UT em Amargosa (Bahia), mostra um objeto que pode ser um estágio do foguete Thor Agena B. Se a identificação estiver correta, isso indicaria que este objeto está em órbita desde a primeira metade da década de 1960.

O registro foi capturado com uma câmera Nikon D80, utilizando uma exposição de 15 segundos e uma abertura de obturador f/5. A constelação do Cão Maior está visível à esquerda da imagem. 


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Lua Vista de Amargosa

Lua crescente vista da Praça Lourival Monte, em Amargosa (Bahia). Imagem obtida com um Iphone 4S, em 21:10h de 03-02-2014 UT.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Supernova SN 2014J em M-82

Uma brilhante supernova tipo IA foi descoberta na galáxia M-82 em 21-01-2013 UT. Supernovas tipo IA são denominadas de "velas cósmicas" pois, se considera que todos os objetos desta classe possuem um mesmo brilho intrínseco (magnitude absoluta). Como a magnitude diminui com o inverso do quadrado da distância, a distância de SN 2014J até a Via Láctea pode ser estimada.  Entretanto, estes objetos podem não serem todos iguais. Deste modo, a hipótese de "velas cósmicas" para todas as Ia pode ser incorreta. SN 2014J mostra sinais de não ter um comportamento usual de outras supernovas Ia. O registro da supernova (seta) foi obtido através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias. A magnitude do objeto era próxima de 11 no instante do registro.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Minhas Primeiras Astrofotografias Realizadas em Amargosa

Astrofotografias das regiões das constelações de Órion, Gêmeos e Câncer-Leão, obtidas entre 01:43 e 01:52 (UT) em 26 de janeiro de 2014, no loteamento Santo Antônio, em Amargosa (Bahia). Os registros foram feitos com uma câmera Nikon D80, com 15 segundos de exposição e f/5. As imagens apresentadas foram capturadas em sequências de quatro e posteriormente alinhadas e somadas utilizando o software 'IRIS'. A soma das quatro imagens teve o objetivo de dobrar a relação sinal/ruído (SNR), que é proporcional à raiz quadrada do número de imagens. Esse processo permitiu aumentar a magnitude limite do céu de 7 para 8 ou 9.

Região do Órion. M-42 esta perto do centro da imagem. Sirius
está na parte superior.

Região do Gêmeos. Júpiter é o objeto mais brilhante da imagem.

Região do Câncer-Leão. M-44 está próximo ao centro
da imagem.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Cometa descoberto por brasileiros no interior de Minas Gerais

Os astrônomos amadores Cristóvão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro de Barros descobriram um cometa com magnitude estimada em 18. O objeto foi identificado em imagens CCD obtidas em 12-01-2014 UT, com um astrógrafo de 0,45 m f/2,9 instalado em Oliveira (Minas Gerais, Brasil). O instrumento foi concebido para a busca de Near Earth Objects (NEOs, asteroides e cometas) no contexto do projeto SONEAR (Southern Observatory for Near Earth Research). O grupo dedicou a descoberta ao brasileiro Vicente Ferreira de Assis Neto e ao italiano Giovanni Sostero. Ambos são falecidos e dedicaram suas vidas à observação de corpos menores do sistema solar. Este bloguista parabeniza o grupo pela descoberta e pela iniciativa SONEAR. Considero este projeto de extrema importância, pois o hemisfério sul é carente de estações dedicadas à busca por NEOs. Este sucesso é um incentivo à multiplicação de iniciativas como esta no Brasil.

Imagem CCD do cometa C/2014 A4 (SONEAR). A imagem
é resultante da soma de 25 imagens de 30s de exposição obtidas
com o telescópio Faulkes  Sul. Fonte: Remanzacco Observatory

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Um satélite dando cambalhotas no céu

Registro do sobrevoo de um satélite desconhecido às 22 h 06 m de 12-12-2013 UT. O objeto estava provavelmente rodando simultaneamente em dois eixos, dando "cambalhotas" no céu. Isto justifica a variação de brilho do objeto com dois picos diferentes de magnitude. O período de rotação mais curto é de 0,34 s. O registro foi obtido por um câmera de grande campo angular instalada em Salvador (Bahia). 

Registro da primeira série de "cambalhotas" (vermelho). Soma de 225 frames de 0,033s.
Imagem gerada pelo software "UFOCapture".




domingo, 5 de janeiro de 2014

Pequeno Asteróide colide com a Terra em 2014

Um objeto de 2 a 3m de diâmetro colidiu com a Terra 19 horas após sua descoberta nos primeiros instantes de 2014. O asteróide 2014 AA foi detectado pelo Catalina Sky Survey quando apresentava magnitude aparente 19. O objeto provavelmente explodiu na atmosfera a 3000 km oeste de Caracas (Venezuela), sobre o Oceano Atlântico.



Sequência com quatro imagens mostrado o meteoróide 2014 AA.
O intervalo entre as exposições é aproximadamente de nove minutos.
Fonte:Catalina Sky Survey/Wikipedia



Posição do ponto de impacto baseado na triangulação de sinais infrassônicos captados por observatórios terrestres. Uma das estações esta localizada no Brasil, e pertence a Universidade de Brasília (IS04). Fonte: Wikipedia

sábado, 4 de janeiro de 2014

LBV em M-33

Imagem CCD LRGB da M-33 varC (W31284) obtida com o telescópio "dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Esta LBV foi descoberta por Edwin Hubble e Allan Sandage em 1953, e se encontra em erupção. A magnitude do objeto foi próxima de 16 no instante do registro.


O colonialismo cultural na ciência

  Esta postagem é uma forma de catarse e também um registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, envi...