O filme “Deep Impact” (1998) é um dos dois filmes-catástrofe lançados após a colisão do cometa Shoemaker–Levy 9 com Júpiter. Eu gosto do filme apesar de algumas “liberdades poéticas” feitas para torná-lo mais dinâmico.
Uma cena incoerente mostra um astrônomo profissional que, ao obter uma única imagem de um novo cometa, conclui que o objeto colidiria com a Terra. Isso está errado. No caso do asteroide Apophis, foram anos de observação para determinar sua órbita com exatidão suficiente para excluir o risco de colisão. Este objeto terá uma passagem a menos de 50 000 km da Terra em 2029.
Outra liberdade foi a nave “Messiah”. O sistema de propulsão é do tipo pulso nuclear: uma série de bombas é detonada atrás da nave e a pressão de radiação, agindo em uma placa, impulsiona o veículo para frente. O responsável pelo sistema no filme é russo, mas quem concebeu e testou protótipos foram pesquisadores dos EUA; não houve desenvolvimento equivalente na URSS/Rússia. A placa também parece pequena, e nas duas ocasiões em que o motor é acionado apenas uma bomba é mostrada.
Outros deslizes são discutidos no Bad Astronomy. De qualquer forma, recomendo o filme. Boa diversão para um sábado chuvoso em casa.
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