quarta-feira, 9 de julho de 2014

Nebulosa de Eta Carinae

Imagem CCD LRGB da nebulosa Eta Carinae (NGC-3372). Registro obtido com um telescópio refrator de 90mm f/5.56, com grande campo (1.4 x 1.1 graus) instalado em La Dehesa, região metropolitana de Santiago (Chile).


domingo, 6 de julho de 2014

C/2013 UQ4 (Catalina) - Movimento Orbital

Sequência de imagens BGR do cometa C/2013 UQ4 (Catalina). A sequência foi obtida aproximadamente às 5h de 05-07-2014 UT, com um telescópio de 0.35m f/11 do Observatório Teide, nas Ilhas Canárias (Espanha). Cada imagem tem tempo de exposição de 60s, e  foram alinhadas com o software astrometrica.


I

Minha análise das cores deste cometa foram publicadas em Betzler et al (2017).

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ceres e Vesta

Ceres (círculo vermelho) e Vesta (círculo verde) ocupam uma mesma parte do céu, separados por cerca de um quarto de grau. Imagem LRGB obtida com um telescópio refrator de grande campo (1,4 x 1,1 graus), instalado no Observatório Teide, nas Ilhas Canárias (Espanha).

quinta-feira, 3 de julho de 2014

17P/Holmes - Registro

Imagem CCD LRGB do cometa 17P/Holmes obtido com um telescópio de 0,35m f/11, instalado no Observatório Teide (Ilhas Canárias, Espanha). Este objeto apresentou um outburst em 2007 e a expansão de sua coma  tornou-o momentaneamente maior que o Sol.


segunda-feira, 23 de junho de 2014

O astrônomo leu "No Reino dos Astrônomos Cegos"

Há duas semanas, terminei de ler o livro "No Reino dos Astrônomos Cegos" de Ulisses Capozzoli (Ed. Record, 2005). Considerei um excelente livro destacando alguns aspectos que me chamaram a atenção:

i) Nos capítulos 1 a 9, o autor faz uma excelente apresentação da história da radioastronomia, abordando a correlação entre a evolução instrumental e conceitual que permitiu caracterizar as fontes detectadas no céu. Para isso, o autor associa essa evolução essencialmente às pesquisas realizadas no Reino Unido (e na Austrália) e nos EUA. Não questiono a escolha dessa linha do tempo, que é a mais fartamente documentada, e é inegável que pesquisadores desses países tiveram um papel decisivo na evolução da radioastronomia. Suas descobertas mudaram nossa visão do cosmos. Entretanto, esperava encontrar alguns trechos sobre a história da radioastronomia na URSS e no Japão. O desenvolvimento desta ciência nesses dois países é pouco conhecido até por profissionais da área. No caso da URSS, há apenas algumas passagens, como a menção a um satélite científico soviético lançado para estudar a anisotropia na radiação de fundo cósmico, alguns anos antes do COBE. A URSS não teria um programa espacial tão significativo sem uma rede de radiotelescópios para comunicação interplanetária. Esses instrumentos tinham uso dual. Em relação ao Japão, o livro menciona apenas que um survey da Via Láctea, na banda do gás monóxido de carbono, frustrou um projeto equivalente que seria realizado por pesquisadores do IAG.

ii) O autor se esforça para explicar conceitos físicos que não são triviais, como a emissão de 21 cm do hidrogênio. Não há erros, mas percebi que o autor se deteve muito, talvez de forma desnecessária, na descrição da geração dessa radiação (seis páginas usando enfoques ligeiramente diferentes).

iii) Uma brilhante descrição da evolução da radioastronomia brasileira é feita nos capítulos 10 a 16. Como bom contador de histórias, o autor descreve de maneira fluida e atraente como a radioastronomia brasileira nasceu a partir de um grupo de entusiastas no final da década de 1950, atingindo seu ápice cerca de 10 a 15 anos depois. Essa descrição é feita a partir de entrevistas com os protagonistas, o que pode representar uma visão mais fidedigna dos fatos. O livro se encerra de maneira igualmente interessante, sugerindo as origens dos altos e baixos da radioastronomia em nosso país.

Recomendo a leitura para quem deseja entender a razão pela qual é tão difícil fazer ciência de qualidade e competitiva no Brasil.

Capa do livro - Galáxia NGC-5128, uma excepcional
radiofonte do hemisfério sul celeste.


O colonialismo cultural na ciência

  Esta postagem é uma forma de catarse e também um registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, envi...