sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cometa Lovejoy

O C/2011 W3 (Lovejoy) é um cometa rasante solar pertencente à família de Kreutz. Cometas desse tipo seguem órbitas extremamente próximas ao Sol, a ponto de muitos se desintegrarem ou colidirem com a superfície solar durante o periélio.

Uma das hipóteses mais aceitas para a origem da família de Kreutz é que ela se formou a partir da fragmentação de um grande cometa progenitor. Com base na análise das órbitas de alguns de seus membros, acredita-se que esse corpo original possa ter sido o chamado Grande Cometa de 1106.

Diferente da maioria dos cometas de Kreutz, o cometa Lovejoy apresenta características incomuns. Estima-se que seu núcleo tenha algumas centenas de metros de diâmetro, o que o torna pelo menos dez vezes maior que o tamanho típico dos objetos dessa família. Seu periélio ocorreu em 16 de dezembro (UT), quando atingiu uma distância mínima da superfície solar ligeiramente superior à metade da distância entre a Terra e a Lua.

Durante essa passagem próxima ao Sol, o cometa sofreu a desconexão da cauda de poeira (indicada por seta), um fenômeno resultante da intensa interação com o vento solar. A imagem apresentada abaixo mostra a trajetória do cometa a partir da sobreposição de sete registros obtidos pela câmera LASCO C3 do satélite SOHO.

Sequencia do movimento orbital do C/2011 W3.  Os tempos são UT. 1 - 14/12 - 9:32; 2 - 15/12 - 9:30; 3 - 15/12 - 16:30; 4 - 16/12 - 00:18; 5 (após o periélio) - 16/12 - 00:18;  6 -  16/12 - 16:30 e 7 -  16/12 - 22:30.  O traços na coma do Lovejoy são causados pela saturação do CCD da câmera. O cometa esta muito brilhante. O pontos brilhantes na imagem são causados pelo impacto de raios cósmicos e  outras partículas eletricamente carregadas emitidas pelo Sol.



Vídeo, quase que surreal, mostrando o cometa se afastando do Sol após o periélio. O
vídeo foi gerado a partir de imagens obtidas na faixa do UV por um instrumento a bordo do SDO.
A velocidade do movimento foi  muito exagerada. Fonte: Space Weather




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

(2060) Chiron

Telescópio Boller & Chivens de 0,60 m do LNA apontado para o centauro (2060) Chiron. O objeto não é visível na imagem. Astrofotografia obtida em 1995 com uma câmera Zenit 12XS, 10 minutos de exposição e filme Kodak ASA 100. Os dados coletados nesta observação foram utilizados no artigo "2060 Chiron: Back to a Minimum of Brightness", de 1996.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Aplicativo para Contagem de Meteoros

O Meteoroid Environment Office (MEO), da NASA, desenvolveu um aplicativo gratuito para a coleta de dados sobre meteoros: o Meteor Counter. Disponível no iTunes, o aplicativo foi criado para dispositivos Android.

O Meteor Counter permite registrar a faixa de magnitude dos meteoros, segundo o padrão da International Meteor Organization (IMO), além do instante da observação e da localização geográfica do observador. Após o registro, os dados são enviados automaticamente ao MEO para análise.

O objetivo da iniciativa é auxiliar na identificação de novas chuvas de meteoros e na determinação da distribuição de massa dos meteoroides que colidem com a Terra.

Abaixo, o vídeo sobre o Meteor Counter:


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ISS em Fevereiro de 2001

International Space Station (ISS) em fevereiro de 2001. Imagem obtida no campus do Observatório Nacional do Rio de Janeiro. O traço provocado pela passagem da estação está no canto inferior direito. No início do traço, vemos o planeta Saturno. A poluição luminosa é gerada pela luz de lâmpadas de sódio no porto, refletida nas nuvens.



ISS em 16 de fevereiro de 2001. Fonte: NASA



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Lunokhod 2

O Lunokhod 2, ou "caminhante lunar", é um rover que foi lançado pela URSS em janeiro de 1973. O robô chegou à Lua em 15 de janeiro de 1973, a bordo da Luna 21. Após percorrer 37 km no interior da cratera Le Monnier e obter mais de 80.000 imagens, o rover deixou de funcionar. Sua posição final era uma incógnita. Em 2010, o professor canadense P. Stooke anunciou que havia encontrado o Lunokhod 2 em imagens obtidas pela LRO. Um pulso de laser foi emitido na direção do rover, e o retrorefletor do Lunokhod 2 devolveu um fluxo elevado em comparação com o equivalente obtido das estações deixadas pelo projeto Apollo. Um vídeo da rede russa RT, relatando a descoberta, é apresentado abaixo. 






Minha Vivência com o Colonialismo Cultural na Ciência

  Esta postagem tem um caráter de reflexão e registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, enviei uma...