quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Possível Registro de um Veterano da Corrida Espacial

Astrofotografia de uma possível passagem de um estágio do Thor Agena B

A imagem, obtida às 22:03 do dia 03 de fevereiro de 2014 UT em Amargosa (Bahia), mostra um objeto que pode ser um estágio do foguete Thor Agena B. Se a identificação estiver correta, isso indicaria que este objeto está em órbita desde a primeira metade da década de 1960.

O registro foi capturado com uma câmera Nikon D80, utilizando uma exposição de 15 segundos e uma abertura de obturador f/5. A constelação do Cão Maior está visível à esquerda da imagem. 


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Lua Vista de Amargosa

Lua crescente vista da Praça Lourival Monte, em Amargosa (Bahia). Imagem obtida com um Iphone 4S, em 21:10h de 03-02-2014 UT.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Supernova SN 2014J em M-82

Uma brilhante supernova tipo IA foi descoberta na galáxia M-82 em 21-01-2013 UT. Supernovas tipo IA são denominadas de "velas cósmicas" pois, se considera que todos os objetos desta classe possuem um mesmo brilho intrínseco (magnitude absoluta). Como a magnitude diminui com o inverso do quadrado da distância, a distância de SN 2014J até a Via Láctea pode ser estimada.  Entretanto, estes objetos podem não serem todos iguais. Deste modo, a hipótese de "velas cósmicas" para todas as Ia pode ser incorreta. SN 2014J mostra sinais de não ter um comportamento usual de outras supernovas Ia. O registro da supernova (seta) foi obtido através do telescópio "Dome 2" do Observatório Slooh das Ilhas Canárias. A magnitude do objeto era próxima de 11 no instante do registro.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Minhas Primeiras Astrofotografias Realizadas em Amargosa

Astrofotografias das constelações de Órion, Gêmeos e Câncer-Leão foram obtidas entre 01:43 e 01:52 UT de 26 de janeiro de 2014, no loteamento Santo Antônio, em Amargosa (Bahia), utilizando uma câmera Nikon D80 com lente f/5 e tempo de exposição de 15 segundos por imagem. Para cada campo, foram capturadas quatro imagens consecutivas, posteriormente alinhadas e somadas no software IRIS, com o objetivo de aumentar a razão sinal-ruído (SNR), que cresce com a raiz quadrada do número de exposições empilhadas.

Apesar da melhora na SNR, a magnitude limite obtida nas imagens somadas foi de aproximadamente 6,1, conforme verificado por contagem automatizada de estrelas e comparação com catálogos estelares. Esse valor reflete as condições reais do local de observação, com poluição luminosa moderada e céu de qualidade compatível com a classe 5 ou 6 na escala de Bortle1.

Região de Órion. M-42 está perto do centro da imagem. Sirius está na parte superior.
Região de Gêmeos. Júpiter é o objeto mais brilhante da imagem.
Região de Câncer-Leão. M-44 está próximo ao centro da imagem.

1 A escala de Bortle é um sistema de classificação da escuridão do céu noturno, variando de 1 (céu excepcionalmente escuro) a 9 (céu urbano intensamente iluminado). Locais de classe 5 ou 6 são caracterizados por poluição luminosa perceptível, com a Via Láctea visível apenas tenuemente (classe 5) ou praticamente invisível (classe 6), dificultando a observação de objetos de céu profundo e limitando a magnitude estelar observável.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Cometa descoberto por brasileiros no interior de Minas Gerais

Os astrônomos amadores Cristóvão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro de Barros descobriram um cometa com magnitude estimada em 18. O objeto foi identificado em imagens CCD obtidas em 12-01-2014 UT, com um astrógrafo de 0,45 m f/2,9 instalado em Oliveira (Minas Gerais, Brasil). O instrumento foi concebido para a busca de Near Earth Objects (NEOs, asteroides e cometas) no contexto do projeto SONEAR (Southern Observatory for Near Earth Research). O grupo dedicou a descoberta ao brasileiro Vicente Ferreira de Assis Neto e ao italiano Giovanni Sostero. Ambos são falecidos e dedicaram suas vidas à observação de corpos menores do sistema solar. Este bloguista parabeniza o grupo pela descoberta e pela iniciativa SONEAR. Considero este projeto de extrema importância, pois o hemisfério sul é carente de estações dedicadas à busca por NEOs. Este sucesso é um incentivo à multiplicação de iniciativas como esta no Brasil.

Imagem CCD do cometa C/2014 A4 (SONEAR). A imagem
é resultante da soma de 25 imagens de 30s de exposição obtidas
com o telescópio Faulkes  Sul. Fonte: Remanzacco Observatory

Minha Vivência com o Colonialismo Cultural na Ciência

  Esta postagem tem um caráter de reflexão e registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, enviei uma...