sexta-feira, 3 de maio de 2013
Saturno em Oposição
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: O que falta fazer?
As análises apresentadas nesta sequência de postagens baseiam-se nos dados obtidos em Belo Horizonte (BH) e Campos dos Goytacazes. A variação de altura angular do meteoro registrada em BH foi de aproximadamente 0,7 grau, valor compatível com a margem de erro estimada para esse tipo de medição. Isso implica um erro propagado significativo na determinação da trajetória atmosférica e da órbita do meteoro, mesmo com a boa concordância observada entre os resultados e os relatos visuais das testemunhas do evento, como ilustrado na Figura 1.
Para aprimorar esses parâmetros, a análise do vídeo gravado na região da Grande Vitória é especialmente relevante, como mostrado nas Figuras 2 e 3. No entanto, apesar das tentativas de contato, não foi possível obter resposta do autor do vídeo. A identificação do local exato da gravação é crucial, pois o azimute e a altura aparente do meteoro podem variar consideravelmente com deslocamentos relativamente pequenos, da ordem de dezenas de quilômetros.
Além da trajetória e da órbita, a massa pré-atmosférica do meteoro, assim como a de eventuais fragmentos, pode ser estimada a partir de sua magnitude absoluta. Essa magnitude é definida como o brilho que o meteoro apresentaria se estivesse a 100 quilômetros de altitude, diretamente no zênite do observador. Para estimá-la corretamente, é necessária uma calibração fotométrica utilizando como referência objetos de brilho conhecido, como estrelas, planetas ou a Lua.
No vídeo gravado em Vitória, dois objetos adicionais não identificados aparecem no campo de visão. Para determinar sua natureza e calcular a magnitude absoluta do meteoro, torna-se indispensável conhecer a localização exata do ponto de observação. Sem essa informação, a análise quantitativa permanece limitada e as incertezas nos resultados aumentam significativamente.
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Fig,2 - Um frame do vídeo da "Grande Vitória". Um fragmento do meteoro é visto logo após sua desconexão. |
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Fig.3 - Frame mostrando o meteoro após sua fragmentação. |
domingo, 28 de abril de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: Radiante do Objeto
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Posição da radiante do "Grande Meteoro de 2012 no Brasil". Diagrama gerado pelo atlas celeste "The Night Sky Atlas". |
sábado, 27 de abril de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: Posições do Objeto no Céu
Diagramas gerados com o software Skymap, mostrando as trajetórias aproximadas do meteoro de 20/04/2012 (hora de Brasília) nas localidades de Belo Horizonte e Campos dos Goytacazes. As trajetórias estão indicadas por setas. Os mapas apresentam o céu em coordenadas horizontais, com as estrelas posicionadas conforme visível às 23h30, para um observador olhando em direção ao zênite em cada localidade.
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Trajetória do meteoro visto de Belo Horizonte. O tempo de trânsito foi de 2s. O objeto foi visível ao redor da direção leste. |
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Trajetória do meteoro visto de Campos dos Goytacazes. O tempo de trânsito foi de 11s. O objeto foi visível entre, aproximadamente, as direções oeste-noroeste e norte-noroeste. |
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Grande Meteoro de 2012 no Brasil – Um Ano Depois: Localização dos Observadores
A determinação da trajetória e da órbita do Grande Meteoro de 2012 no Brasil foi baseada nos vídeos obtidos em Campos dos Goytacazes e Belo Horizonte (BH). Com o auxílio das informações disponíveis na lista "Bólidos" e no Google Earth, identifiquei com razoável exatidão a posição dos observadores (Figs. 1 e 2). Utilizei elementos fixos da paisagem, como prédios, postes e outras estruturas, para estimar a altura e o azimute do meteoro nas duas localidades.
Essas coordenadas horizontais foram convertidas em ascensão reta e declinação utilizando a planilha radcoord, desenvolvida por M. Langbroek em Excel. Para os cálculos, considerei que as observações foram simultâneas e ocorreram às 23h30 de 20/04/2012 (hora de Brasília).
Encontrei ainda quatro vídeos no YouTube que registram o meteoro, oriundos de Belo Horizonte, Campos, Ipatinga e Grande Vitória. No entanto, não consegui determinar o local exato de onde foram feitas as gravações de Ipatinga e Grande Vitória, apesar de ter tentado contato com os autores. Não obtive resposta.
Para a determinação dos parâmetros orbitais do meteoro, são necessários pelo menos dois pontos de observação com coordenadas conhecidas. Com os quatro vídeos, seria possível formar até seis combinações independentes de sítios de observação, o que permitiria, em princípio, um refinamento significativo da trajetória e da órbita do objeto.
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Fig.1a - Um frame do filme de Campos. O meteoro é indicado pela seta branca. |
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Fig.2a - Um frame do filme de BH. O meteoro é indicado pela seta branca. |
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