sábado, 10 de março de 2012

No ESO - (1)

Fotos do SEST em dezembro de 1997. Eu andei da hospedaria do ESO até o sítio deste telescópio  para conhece-lo. Chegando lá, minha entrada foi impedida por uns cachorros vira-latas. Dei meia volta. Não estava muito a fim de levar mordidas. Tirei algumas fotos do instrumento. O SEST foi desativado em 2003 assim como diversos telescópios em La Silla.



sexta-feira, 9 de março de 2012

Acidente da Challenger

Um dos acontecimentos que mais me impactaram foi a explosão do "space shuttle" Challenger. Em 28 de janeiro de 1986, 73 segundos após o lançamento, um problema na vedação em um dos foguetes auxiliares causou a explosão. A nave se desintegrou. A cabine, ocupada por sete tripulantes, foi encontrada intacta no fundo do mar. Os corpos de todos os ocupantes ainda estavam presos em seus assentos. Provavelmente, alguns tripulantes ainda sobreviveram à explosão e à fragmentação violenta da nave. Esta conclusão foi obtida pela verificação de que as reservas de ar de emergência haviam sido usadas. Junto com a Challenger foi destruído o telescópio espacial UV SPARTAN-203. Este instrumento deveria observar o cometa 1P/Halley, obtendo espectros e imagens. Na missão havia a tripulante civil Christa McAuliffe. McAuliffe era uma professora de estudos sociais do ensino médio e havia sido selecionada para o voo dentro do programa "Professores no Espaço". O acidente ocorreu às 11:39 da manhã EST, ou 15:39 no horário de Brasília. Soube da tragédia ao vivo pela TV. Era um dia ensolarado. Corri para o quintal de minha casa no Rio de Janeiro e contei o ocorrido para minha mãe e meu irmão. Ficamos chocados. Para mim, astronautas perecendo em uma missão era impossível, dado o avanço tecnológico e a forte propaganda a favor da "excelência americana", tese política tão cara à imprensa brasileira. O último acidente grave havia ocorrido em 1971, vitimando os três cosmonautas da Soyuz 11.


Cobertura do lançamento ao vivo pela CNN

quinta-feira, 8 de março de 2012

Astronomia no Jardim Botânico do Rio de Janeiro - (2)

Relógio solar na entrada do Jardim Botânico. O relógio foi projetado pela equipe de astrônomos do Planetário da Gávea. O instrumento foi instalado  em 2008 como parte das comemorações dos 200 anos do parque. Obtive estas imagens em 05-01-2012.






terça-feira, 6 de março de 2012

Astronomia no Jardim Botânico do Rio de Janeiro - (1)

Estátua da deusa romana Ceres (ou Deméter para os gregos) no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Obtive esta imagem em 05-01-2012. Giuseppe Piazzi a homenageou ao dar seu nome ao primeiro asteroide descoberto, Ceres. Este pequeno mundo, com quase 1000 km de diâmetro, dominou meu imaginário infantil. Fiquei intrigado em saber como ele era. Eu me perguntava se ele seria parecido ou não com a Lua. Seus segredos serão revelados em 2015, quando a sonda Dawn entrar em órbita deste objeto.


Ceres fitando o infinito

domingo, 4 de março de 2012

Geminídeos em Salvador

Em 14 de dezembro de 2011, a câmera de meteoros instalada em minha residência registrou, provavelmente, quatro meteoros geminídeos. A Figura 1 apresenta os traços gerados por esses meteoros. Observa-se, na sequência de "a" até "d", uma mudança na direção dos traços. Esse fenômeno é causado pelo movimento aparente da radiante na constelação de Gêmeos, que se encontrava fora do campo de visão da câmera. Esses meteoros provavelmente possuem magnitudes iguais ou inferiores a zero, sendo esse o limite de sensibilidade da câmera.

Os geminídeos são dinamicamente associados ao asteroide (3200) Phaethon. Jewitt e Li (2010), utilizando dados do satélite STEREO A, detectaram um aumento no brilho do objeto quando este se aproximava do Sol. Tal aumento foi associado à emissão de poeira, constituindo forte evidência de que a conexão entre os geminídeos e esse asteroide é plausível.

Traços de quatro meteoros geminídeos
Figura 1. Geminídeos registrados (Tempo UT): a – 03:00:51; b – 03:31:36; c – 05:26:36; d – 06:37:47. O oeste está aproximadamente na parte inferior das imagens.

Vídeo mostrando os quatro meteoros geminídeos registrados em 2011

Recentemente, publiquei um artigo sobre o asteroide (3200) Phaethon, no qual conjecturei, com base em dados fotométricos que analisei, que esse asteroide apresenta uma assimetria superficial entre os hemisférios norte e sul — provavelmente resultante da maior exposição à radiação solar.

Minha Vivência com o Colonialismo Cultural na Ciência

  Esta postagem tem um caráter de reflexão e registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, enviei uma...