Um dos acontecimentos que mais me impactaram foi a explosão do "space shuttle" Challenger. Em 28-01-1986, 73s após o lançamento, um problema na vedação em um dos foguetes auxiliares causou a explosão. A nave se desintegrou. A cabine, ocupada por sete tripulantes, foi encontrada intacta no fundo do mar. Os corpos de todos os ocupantes ainda estavam presos em seus assentos. Provavelmente, alguns tripulantes ainda sobreviveram à explosão e a fragmentação violenta da nave. Esta conclusão foi obtida pela verificação de que reservas de ar de emergência haviam sido usadas. Junto com a Challenger foi destruido o telescópio espacial UV SPARTAN-203. Este instrumento deveria observar o 1P/Halley, obtendo espectros e imagens. Na missão havia a tripulante civil Christa McAuliffe. McAuliffe era uma professora de estudos sociais do ensino médio e havia sido selecionada para o vôo dentro do programa "Professores no Espaço". O acidente ocorreu as 11:39 da manhã - EST ou 15:39 da tarde - Hora de Brasilia. Soube da tragédia ao vivo pela TV. Era um dia ensolarado. Corri para o quintal de minha casa no Rio de Janeiro e contei o ocorrido para minha mãe e irmão. Ficamos chocados. Para mim, astronautas perecendo em uma missão era impossível dado o avanço tecnológico e a forte propaganda a favor da "excelência americana", tese política tão cara à impressa brasileira. O último acidente grave havia ocorrido em 1971, vitimando os três cosmonautas da Soyuz 11.
Cobertura do lançamento ao vivo pela CNN
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