Em 14 de dezembro de 2011, a câmera de meteoros instalada em minha residência registrou, provavelmente, quatro meteoros geminídeos. A Figura 1 apresenta os traços gerados por esses meteoros. Observa-se, na sequência de "a" até "d", uma mudança na direção dos traços. Esse fenômeno é causado pelo movimento aparente da radiante na constelação de Gêmeos, que se encontrava fora do campo de visão da câmera. Esses meteoros provavelmente possuem magnitudes iguais ou inferiores a zero, sendo esse o limite de sensibilidade da câmera.
Os geminídeos são dinamicamente associados ao asteroide (3200) Phaethon. Jewitt e Li (2010), utilizando dados do satélite STEREO A, detectaram um aumento no brilho do objeto quando este se aproximava do Sol. Tal aumento foi associado à emissão de poeira, constituindo forte evidência de que a conexão entre os geminídeos e esse asteroide é plausível.

Vídeo mostrando os quatro meteoros geminídeos registrados em 2011
Recentemente, publiquei um artigo sobre o asteroide (3200) Phaethon, no qual conjecturei, com base em dados fotométricos que analisei, que esse asteroide apresenta uma assimetria superficial entre os hemisférios norte e sul — provavelmente resultante da maior exposição à radiação solar.
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