Estátua da deusa romana Ceres (ou Deméter para os gregos) no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Obtive esta imagem em 05-01-2012. Giuseppe Piazzi a homenageou ao dar seu nome ao primeiro asteroide descoberto, Ceres. Este pequeno mundo, com quase 1000 km de diâmetro, dominou meu imaginário infantil. Fiquei intrigado em saber como ele era. Eu me perguntava se ele seria parecido ou não com a Lua. Seus segredos serão revelados em 2015, quando a sonda Dawn entrar em órbita deste objeto.
Em 14 de dezembro de 2011, a câmera de meteoros instalada em minha residência registrou, provavelmente, quatro meteoros geminídeos. Na Figura 1, são apresentados os traços gerados pelos meteoros. Pode-se observar, na sequência de "a" até "d", que os traços mudam de direção. Esse fenômeno é causado pelo movimento aparente da radiante na constelação de Gêmeos, que se encontra fora do campo de visão da câmera. Esses meteoros provavelmente possuem magnitudes iguais ou inferiores a zero, sendo zero a magnitude limite da câmera.
Os geminídeos são dinamicamente associados ao asteroide (3200) Phaethon. Recentemente, Jewitt e Li (2010), utilizando dados obtidos pelo satélite STEREO A, detectaram um aumento no brilho quando o objeto se aproximava do Sol. Esse aumento na intensidade luminosa foi associado à emissão de poeira, o que constitui uma forte evidência de que a conexão entre os geminídeos e esse asteroide é, de fato, bastante plausível.
(1) Geminídeos registrados (Tempo UT): a - 03:00:51; b - 03:31:36;
c - 05:26:36 e d - 06:37:47. O oeste esta aproximadamente na parte inferior das imagens.
Vídeo mostrando os quatro meteoros geminídeos de 2011
Na manhã de 12-02-1947, um bólido com brilho maior que o do Sol foi visto sobre as montanhas de Sikhote-Alin no leste da ex-URSS. O bólido entrou na atmosfera ao norte do ponto de impacto/observação em ângulo de 41 graus com o horizonte O meteróide-pai possuía uma massa pré-atmosférica estimada entre 90 a 100 Ton. O objeto se fragmentou gerando crateras com diâmetros que variaram de 8 a 26m. Os fragmentos coletados são do tipo metálico. Baseado nos relatos de diversos observadores, a órbita do meteróide foi determinada. O objeto possuia uma órbita com ponto de afélio no cinturão principal de asteróides. Diversas expedições exploraram o local do impacto posteriormente. As mais recentes se desenrolaram ao longo da década de 1990, e ainda encontraram milhares de fragmentos com massas entre < 10g e > 5000g.
Selo soviético comemorativo pelos 10 anos do evento. Fonte: "Meteorite Stamps and Coins"
Imagem da região Escorpião-Sagitário mostrando um "objeto voador não identificado" (OVNI). Será? Não! O objeto é, na verdade, um traço deixado pelo movimento de um balão de ar quente. O tempo de exposição desta foto foi de 15 a 20 segundos. Obtive a imagem em março de 1996, no mesmo dia em que observei o cometa Hyakutake no Rio de Janeiro.
Quase vinte anos atrás, o meteorito Peekskill foi recuperado após gerar um bólido, observado por milhares de pessoas no oeste dos EUA. Abaixo estão alguns dos 16 registros em vídeo do bólido associado a esse meteorito. Os registros em vídeo e fotografia possibilitaram a determinação de sua trajetória atmosférica e órbita. Este meteorito tornou-se famoso por ter atingido um carro na cidade de Peekskill, em Nova York.