O brilho das imagens formadas por um objetiva (lente ou espelho côncavo) são influenciadas, basicamente, por dois motivos:
- Quantidade de luz que esta lente ou espelho coleta do objeto
- Área sob a qual a objetiva distribui esta luz, a qual por sua vez depende do aumento.
A quantidade de energia coletada pela objetiva é proporcional à área da objetiva. Consequentemente, ao quadrado de seu diâmetro. O aumento da lente pode ser definido, também, como sendo a razão entre a distância entre o objeto e a objetiva (p) e entre a imagem e o objeto (q). Como as áreas da imagem e objeto são proporcionais às suas dimensões lineares
(4) A`/A = M = q2/p2
Uma vez que a quantidade de luz que forma a imagem é apenas uma fração da que deixa o objeto, a intensidade da imagem deve ser proporcional a esta fração. Esta fração pode ser expressa como a razão entre a área da objetiva Al e a área de uma esfera de raio p, centrada no objeto, que é 4p p2. Esta é uma boa aproximação se o diâmetro D for uma pequena fração de p. Com isto, se pode concluir que o brilho da imagem ou intensidade da imagem total Si é dado por
(5) Si = K(A`/A)(Al/4p p2).
Onde K é uma constante de proporcionalidade. Como A`/A é dada pela equação ( 4 ) e Al = p D2/4, esta equação (5) pode ser expressa como
(6) Si = K`D2/q2
e
K` = K/16
A equação (6) demonstra que o brilho das imagens em uma objetiva pode ser relacionada com a distância da imagem à objetiva e ao seu diâmetro. Como objetivas de telescópios costumeiramente formam imagens de objetos distantes, podemos expressar (6), em termos da razão focal f: da objetiva. Isto pode ser feito a partir do uso da relação
(7) 1/f = 1/q + 1/p
resultando em,
(8) Si = K`D2( 1/f - 1/p)2 = (K`D2/f2 )(1 - f/p)2
Como p é muito grande, ( 8 ) se reduz a
(9) Si = K`/f:2, onde (10) f: = f/D é denominada razão focal.
f: representa a razão entre a distância focal da objetiva e seu diâmetro. De (10), percebemos que o brilho das imagens é inversamente proporcional ao quadrado da razão focal. Objetivas com um mesmo diâmetro e razões focais diferentes, produziram imagens com brilhos variados de um mesmo objeto.
O aumento obtido com a combinação objetiva/ocular pode resultar em razões focais maiores que as da objetiva. Como a intensidade tem dependência com o inverso de f:2, um telescópio pode produzir imagens com brilhos maiores para pequenos aumentos e menores para os grandes.
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