segunda-feira, 18 de março de 2013

Imagens Radar de 2013 ET

Sequência de 23 imagens radar do asteróide 2013 ET obtidas em 10-03-2013 UT, durante cerca de 1,3h,    na Estação Goldstone (Califórnia, EUA). O objeto estava a 1,1 milhões de quilômetros da Terra. Baseado nos dados coletados, 2013 ET possui 40m de diâmetro.



Imagens radar de 2013 ET. Fonte: NASA/JPL-Caltech/GSSR





domingo, 17 de março de 2013

Os 55 meteoros de 2013

Processamento posicional, utilizando o software "UFOAnalyzer", dos 55 meteoros registrados em Salvador (Bahia, Brasil) entre 24 de janeiro e 17 de março de 2013 UT. Todos os objetos foram classificados como esporádicos, não estando associados a nenhuma chuva de meteoros conhecida.

Distribuição espacial dos meteoros com relação a posição geográfica
da câmera. Os traços representam as trajetórias atmosféricas dos meteoros
Nesta estimativa, o programa admitiu que os meteoros se tornam visíveis
em uma altitude de 100km. Como a câmera possui um campo de 82 graus e esta apontada para o
sudoeste isto gera um erro sistemático na quantidade de meteoros nesta direção.

Trajetórias aparentes do meteoros com relação ao polo sul celeste.


segunda-feira, 11 de março de 2013

Observações Radar de 2012 DA14

Vídeo composto de 73 imagens radar do asteróide 2012 DA14 obtidas na Estação Goldstone (Califórnia, EUA) entre 15 e 16-02-2013. A distância do objeto à Terra variou de 120.000 a 314.000km durante o período observacional.


sexta-feira, 8 de março de 2013

PANSTARRS? Aonde?

Devido à inclinação de sua órbita, o cometa PANSTARRS só poderia ter sido melhor visto em Salvador (Bahia, Brasil), às 18:15 do dia 05-03-2013 (Hora de Brasília; UT-3h). Neste instante, a altura foi um pouco inferior a 10 graus. Nesta baixa elevação, o cometa só foi visível em algum local sem obstruções no horizonte por menos de uma hora. Entretanto, levando em consideração a luz difusa no pôr do sol, considero a visualização do objeto extremamente improvável. Cometas têm sua emissão luminosa distribuída em uma abertura angular grande se comparada com nebulosas ou galáxias brilhantes, como M42 ou M31. Esta característica faz com que o cometa tenha um brilho tênue, tornando-o não facilmente visível em um céu de entardecer. O diagrama abaixo mostra o horizonte na direção oeste em Salvador na data mencionada. Como o cometa está se dirigindo para o periélio, sua altura às 18:15 sempre será menor com o passar dos dias. Após 18-03, o objeto não estará mais acima do horizonte soteropolitano no final do dia.

Em 10-03-2013, tentei efetuar um registro fotográfico do PANSTARRS. No final deste dia, fui ao terraço do Cinema "Espaço Unibanco", próximo à Praça Castro Alves, no centro de Salvador. Apesar do horizonte livre na direção oeste e do relativamente baixo nível de poluição luminosa, não obtive sucesso. Havia muitas nuvens no horizonte e o céu ainda estava claro até as 18:20. Neste instante, desisti. Infelizmente, as previsões que fiz anteriormente se mostraram corretas.

Pela estimativa do software "Stellarium", em novembro de 2013, o cometa ISON estará em uma altura equivalente à do PANSTARRS agora. Melhor eu já reservar as passagens para uma excursão astronômica ao SE do Brasil.


Foto obtida em 10-03-2013 às 17:57 (20:57 UT) do terraço do cinema "Espaço Unibanco".
Um belo pôr do Sol, mas nada de cometa.

Diagrama gerado pelo programa "Stellarium" mostrando a posição no céu do cometa PANSTARRS
 em 18:15 de 05-03-2013 (Hora de Brasília) em Salvador. O planeta Marte esta atrás das árvores
 na direção oeste (O). As retas "paralelas" definem a altura em relação ao horizonte.  O cometa
está abaixo da linha de 10 graus de altura.


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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Raul Seixas encontra um meteorito no quintal de casa

O título desta postagem é evidentemente uma brincadeira com uma situação que ocorreu em Salvador na semana passada: um suposto meteorito teria caído no quintal da casa do Sr. Paulo Brito, morador de Água de Meninos, às 23:43 da chuvosa noite de 21-02-2013. A testemunha relatou que foi acordado por um forte estrondo e encontrou o aerólito em um buraco com 23 cm de profundidade. Esta perfuração emitia uma densa fumaça nas cores azul e rosa. Segundo a testemunha, o meteorito ainda estava "quente" e o calor emitido foi suficiente para queimar suas mãos. A rocha foi levada pela equipe de um jornal local para o Instituto de Geociências da UFBA. O colega Wilton de Carvalho realizou uma inspeção visual no objeto e constatou que não se tratava de um meteorito. O objeto não apresentava crosta de fusão, resultante da passagem do meteoróide pela atmosfera, e estava muito oxidado. A oxidação do ferro só ocorre após a exposição do meteorito ao oxigênio terrestre por um período muitíssimo superior aos dois dias alegados de sua estadia em nosso planeta. Quando soube dessa história no sábado, não levei muito a sério por um motivo simples: minha câmera de meteoros não registrou nenhum flash ou superbólido durante toda aquela noite. Moro a menos de dois quilômetros da casa do cidadão. Esse flash estaria associado a eventual fragmentação do meteoróide a algumas dezenas de quilômetros do local de impacto. Se o superbólido não tivesse entrado no campo de visão da câmera, um flash com uma magnitude da ordem do brilho da Lua cheia (~ -13) seria facilmente registrado, mesmo em uma noite chuvosa.

Imagem do Sr. Brito com dois fragmentos do pseudo-meteorito.
Foto de Tânia Araújo (Agência "A Tarde")


Sr. Brito mostrando sua mão "queimada" pelo "meteorito".
Foto de Fernando Vivas (Agência "A Tarde")

O colonialismo cultural na ciência

  Esta postagem é uma forma de catarse e também um registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, envi...