segunda-feira, 11 de março de 2013
Observações Radar de 2012 DA14
sexta-feira, 8 de março de 2013
PANSTARRS? Aonde?
Devido à inclinação de sua órbita, o cometa PANSTARRS só poderia ter sido melhor observado em Salvador (Bahia, Brasil) às 18h15 do dia 5 de março de 2013 (Hora de Brasília; UT−3h). Nesse instante, sua altura no céu era ligeiramente inferior a 10 graus. Com essa baixa elevação, o cometa permaneceria visível por menos de uma hora, e apenas em locais com horizonte completamente desobstruído. No entanto, considerando a luz difusa do pôr do sol, considero a visualização do objeto extremamente improvável.
Cometas distribuem sua emissão luminosa por uma área angular extensa, diferentemente de nebulosas ou galáxias brilhantes como M42 ou M31. Essa característica resulta em um brilho superficial baixo, dificultando sua observação a olho nu em céus crepusculares. O diagrama abaixo mostra o horizonte na direção oeste em Salvador na data mencionada. Como o cometa se aproximava do periélio, sua altura às 18h15 diminuía a cada dia. Após 18 de março, ele já não estaria mais acima do horizonte soteropolitano no início da noite.
No dia 10 de março de 2013, tentei registrar fotograficamente o PANSTARRS. Ao final do dia, fui ao terraço do cinema Espaço Unibanco, nas proximidades da Praça Castro Alves, no centro de Salvador. Apesar do horizonte livre na direção oeste e do nível relativamente baixo de poluição luminosa, não tive sucesso. Havia muitas nuvens no horizonte, e o céu permaneceu claro até as 18h20. Neste momento, desisti da tentativa. Infelizmente, as previsões que havia feito se confirmaram.
Segundo estimativas do software Stellarium, em novembro de 2013 o cometa ISON deverá atingir altura semelhante à que o PANSTARRS alcançou neste período. Melhor já reservar as passagens para uma excursão astronômica ao Sudeste do Brasil.
Foto obtida em 10-03-2013 às 17:57 (20:57 UT) do terraço do cinema "Espaço Unibanco". Um belo pôr do Sol, mas nada de cometa. |
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Raul Seixas encontra um meteorito no quintal de casa
O título desta postagem é, evidentemente, uma brincadeira com um episódio ocorrido em Salvador na semana passada. Um suposto meteorito teria caído no quintal da casa do Sr. Paulo Brito, morador do bairro de Água de Meninos, às 23h43 da chuvosa noite de 21 de fevereiro de 2013. Segundo o relato, o morador foi acordado por um forte estrondo e encontrou a rocha em um buraco com 23 centímetros de profundidade. Do interior da perfuração sairia uma densa fumaça colorida em tons de azul e rosa. A testemunha afirmou que o objeto ainda estava “quente”, a ponto de queimar suas mãos ao tocá-lo.
A rocha foi recolhida por uma equipe de um jornal local e levada ao Instituto de Geociências da UFBA. O colega Wilton de Carvalho realizou uma inspeção visual preliminar e concluiu que não se tratava de um meteorito. O objeto não apresentava crosta de fusão, característica típica de meteoritos resultante da entrada na atmosfera, e estava fortemente oxidado. Essa oxidação, no entanto, só ocorre após longa exposição ao oxigênio terrestre, o que é incompatível com os dois dias alegados de permanência no planeta.
Quando soube dessa história, no sábado, confesso que não levei muito a sério, por um motivo simples: minha câmera de monitoramento de meteoros não registrou qualquer flash ou superbólido durante toda a noite em questão. E eu moro a menos de dois quilômetros da residência do Sr. Paulo. Um evento desse tipo deveria ter produzido um clarão significativo, associado à fragmentação do meteoroide a dezenas de quilômetros de altitude. Mesmo que não ocorresse dentro do campo visual da câmera, um flash com magnitude comparável à da Lua cheia, cerca de –13, teria deixado algum registro, mesmo sob chuva.
Foto de Tânia Araújo (Agência "A Tarde")
Foto de Fernando Vivas (Agência "A Tarde")
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Objetos Astronômicos em "3D"
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Meteorito da Rússia
(Via Wikipedia)
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Esta postagem tem um caráter de reflexão e registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, enviei uma...

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