sexta-feira, 9 de março de 2012

Acidente da Challenger

Um dos acontecimentos que mais me impactaram foi a explosão do "space shuttle" Challenger. Em 28 de janeiro de 1986, 73 segundos após o lançamento, um problema na vedação em um dos foguetes auxiliares causou a explosão. A nave se desintegrou. A cabine, ocupada por sete tripulantes, foi encontrada intacta no fundo do mar. Os corpos de todos os ocupantes ainda estavam presos em seus assentos. Provavelmente, alguns tripulantes ainda sobreviveram à explosão e à fragmentação violenta da nave. Esta conclusão foi obtida pela verificação de que as reservas de ar de emergência haviam sido usadas. Junto com a Challenger foi destruído o telescópio espacial UV SPARTAN-203. Este instrumento deveria observar o cometa 1P/Halley, obtendo espectros e imagens. Na missão havia a tripulante civil Christa McAuliffe. McAuliffe era uma professora de estudos sociais do ensino médio e havia sido selecionada para o voo dentro do programa "Professores no Espaço". O acidente ocorreu às 11:39 da manhã EST, ou 15:39 no horário de Brasília. Soube da tragédia ao vivo pela TV. Era um dia ensolarado. Corri para o quintal de minha casa no Rio de Janeiro e contei o ocorrido para minha mãe e meu irmão. Ficamos chocados. Para mim, astronautas perecendo em uma missão era impossível, dado o avanço tecnológico e a forte propaganda a favor da "excelência americana", tese política tão cara à imprensa brasileira. O último acidente grave havia ocorrido em 1971, vitimando os três cosmonautas da Soyuz 11.


Cobertura do lançamento ao vivo pela CNN

quinta-feira, 8 de março de 2012

Astronomia no Jardim Botânico do Rio de Janeiro - (2)

Relógio solar na entrada do Jardim Botânico. O relógio foi projetado pela equipe de astrônomos do Planetário da Gávea. O instrumento foi instalado  em 2008 como parte das comemorações dos 200 anos do parque. Obtive estas imagens em 05-01-2012.






terça-feira, 6 de março de 2012

Astronomia no Jardim Botânico do Rio de Janeiro - (1)

Estátua da deusa romana Ceres (ou Deméter para os gregos) no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Obtive esta imagem em 05-01-2012. Giuseppe Piazzi a homenageou ao dar seu nome ao primeiro asteroide descoberto, Ceres. Este pequeno mundo, com quase 1000 km de diâmetro, dominou meu imaginário infantil. Fiquei intrigado em saber como ele era. Eu me perguntava se ele seria parecido ou não com a Lua. Seus segredos serão revelados em 2015, quando a sonda Dawn entrar em órbita deste objeto.


Ceres fitando o infinito

domingo, 4 de março de 2012

Geminídeos em Salvador

Em 14 de dezembro de 2011, a câmera de meteoros instalada em minha residência registrou, provavelmente, quatro meteoros geminídeos. Na Figura 1, são apresentados os traços gerados pelos meteoros. Pode-se observar, na sequência de "a" até "d", que os traços mudam de direção. Esse fenômeno é causado pelo movimento aparente da radiante na constelação de Gêmeos, que se encontra fora do campo de visão da câmera. Esses meteoros provavelmente possuem magnitudes iguais ou inferiores a zero, sendo zero a magnitude limite da câmera.

Os geminídeos são dinamicamente associados ao asteroide (3200) Phaethon. Recentemente, Jewitt e Li (2010), utilizando dados obtidos pelo satélite STEREO A, detectaram um aumento no brilho quando o objeto se aproximava do Sol. Esse aumento na intensidade luminosa foi associado à emissão de poeira, o que constitui uma forte evidência de que a conexão entre os geminídeos e esse asteroide é, de fato, bastante plausível.


(1) Geminídeos registrados (Tempo UT): a - 03:00:51; b - 03:31:36;
 c - 05:26:36 e d - 06:37:47. O oeste esta aproximadamente na parte inferior das imagens.





Vídeo mostrando os quatro meteoros geminídeos de 2011



sábado, 3 de março de 2012

Sikhote-Alin - 65 anos

Na manhã de 12-02-1947, um bólido com brilho maior que o do Sol foi visto sobre as montanhas de Sikhote-Alin no leste da ex-URSS. O bólido entrou na atmosfera ao norte do ponto de impacto/observação em ângulo de 41 graus com o horizonte O meteróide-pai possuía uma massa pré-atmosférica estimada entre 90 a 100 Ton. O objeto se fragmentou gerando crateras com diâmetros que variaram de 8 a 26m. Os fragmentos coletados são do tipo metálico. Baseado nos relatos de diversos observadores, a órbita do meteróide foi determinada. O objeto possuia uma órbita com ponto de afélio no cinturão principal de asteróides. Diversas expedições exploraram o local do impacto posteriormente. As mais recentes se desenrolaram ao longo da década de 1990, e ainda encontraram milhares de fragmentos com massas entre < 10g  e  > 5000g.

Selo soviético comemorativo pelos 10 anos do evento.
Fonte: "Meteorite Stamps and Coins"



Parte de um vídeo soviético sobre o meteorito. 
O vídeo possui legendas em inglês.


O colonialismo cultural na ciência

  Esta postagem é uma forma de catarse e também um registro para futuras gerações de cientistas brasileiros. Em 15 de dezembro de 2022, envi...