Imagem CCD LRGB do cometa Jacques obtida no Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). O tom avermelhado apresentado pelo objeto pode sugerir que este objeto é "poeirento", ou seja sua razão poeira/gás pode pender mais para o primeiro constituinte. Uma determinação robusta do índice de cor B-V também sugere o avermelhamento do objeto.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
Evolução Morfológica dos cometas C/2012 K1 e C/2013 R1 - Animação
Animações das mudanças morfológicas dos cometas PANSTARRS e Lovejoy durante um mês de observações, entre 03-02 e 06-04-2014 UT, com uma cadência média de uma imagem a cada sete dias. As imagens foram obtidas no Observatório Slooh (Ilhas Canárias, Espanha) através dos telescópios "dome 1" (uma imagem para o C/2013 R1) e "dome 2". A variação na morfologia dos cometas pode ser atribuída a um ou mais dos fatores a seguir: i) Variação da distância heliocêntrica, ii) Variação da transparência atmosférica no instante das observações, iii) Variação do telescópio/detector/tempo de exposição, iv) Variação da sublimação de voláteis devido à atividade solar, v) Incremento súbito da atividade cometária (outburst) e vi) rotação do núcleo em torno de seu(s) eixo(s).
C/2013 R1 (Lovejoy) - Dez imagens obtidas entre 03-02 e 06-04-2014 UT |
C/2012 K1 (PANSTARRS) - Nove imagens obtidas entre 14-03 e 06-04-2014 UT. |
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Novas Scorpii e Cygni 2014
Imagens CCD LRGB das Novas Scorpii e Cygni obtidas no Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha). Ambos objetos foram descobertos em março de 2014, com câmeras DSLR e teleobjetivas. Estes instrumentos fotográficos são de baixíssimo custo e são frequentemente utilizados por amadores em descobertas de novas galácticas.
Imagem obtida com o telescópio "High Mag" do "Dome 2" (campo 13,1` x 8.8`) |
Campo estelar da Nova Cygnii 2014. Animação constituída por um imagem DSS2-RED e o registro Slooh. A imagem DSS foi obtida antes do aparecimento do objeto. Imagem alinhadas com o software IRIS. |
Nova Scorpii 2014 (seta).Imagem obtida com o telescópio "Wide Field" do "Dome 2"(campo 1,4 x 1,1 graus) |
quarta-feira, 26 de março de 2014
Um asteroide com anéis
Hoje foi divulgada a descoberta de um sistema de anéis ao redor do Centauro (10199) Chariklo. Esta descoberta foi realizada por um grupo de astrônomos liderados pelo brasileiro Felipe Braga-Ribas. O sistema é provavelmente constituído por dois anéis, com larguras de 7 e 3 km, separados por uma divisão de 9 km. A exemplo de Saturno, com sua famosa divisão de Cassini, especula-se que a divisão nos anéis de Charaklo seja causada pela força gravitacional de um ou mais satélites. Este(s) hipotético(s) objeto(s) pode(m) orbitar Chariklo na região da divisão. A(s) força(s) gravitacional(is) do(s) satélites(s) sobre os fragmentos do anel pode(m) fornecer energia suficiente para que estes últimos deixem a região da divisão. A origem dos anéis pode ser associada a processos colisionais. A descoberta dos anéis foi possível através da observação da ocultação de estrela UCAC4 248-108672 pelo objeto. Este fenômeno ocorreu em 03-06-2013 UT, sendo sua observação possível apenas em uma estreita faixa no sul da América do Sul. As observações envolveram observatórios profissionais e amadores no Brasil, Chile, Uruguai e Argentina. Este resultado somente foi possível por dois fatores: i) observações astrométricas prévias do objeto, que refinaram sua órbita, tornando possível a previsão da ocultação e ii) colaboração entre astrônomos profissionais e amadores, algo infelizmente raro em nosso pais, por preconceito de alguns de nossos profissionais e/ou pela falta de instrumentação adequada entre os amadores.
Parabéns ao grupo pela grande descoberta. Considero lastimável que a TV brasileira não tenha divulgado este resultado no dia de hoje.
Abaixo um vídeo do ESOCast sobre a descoberta, apresentado pelo Dr. J com seu peculiar inglês.
domingo, 23 de março de 2014
C/2013 R1 em Baixa Latitude Galáctica
O cometa C/2013 R1 (Lovejoy) está com uma pequena declinação sul e próximo ao plano da Via Láctea. No registro obtido em 23-03-2014 UT, através de um telescópio de grande campo (1,4 × 1,1 graus) do Observatório Slooh das Ilhas Canárias (Espanha), é claramente visível uma variação da densidade de estrelas no fundo de céu. Esta variação é causada pela presença de poeira, que obstrui a radiação na faixa do visível na constelação do Escudo.
Posição do cometa (cruz). Diagrama gerado através do "The Night Sky Atlas". O campo é de 30 graus e a Via Láctea é representada pela mancha colorida amorfa. |
O colonialismo cultural na ciência
Essa postagem parece um discurso de quem que se recusa a se adaptar ao status quo do mundo. Não concordo com muita coisa por ai, mas não...
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